A clínica Planned Parenthood do estado de Washington moveu um processo contra uma comunidade cristã por realizar cultos ao ar livre uma vez por mês, com a temática de defesa da vida, em frente ao estabelecimento na cidade de Spokane.
“Uma indústria de bilhões de dólares processando pastores da igreja local que não são ricos, por cantar e reunir-se pacificamente”, resumiu o pastor Ken Peters, responsável pelos cultos, numa entrevista concedida à Fox News.
O projeto, chamado The Church at Planned Parenthood (TCAPP, na sigla em inglês, que significa “a igreja na Planned Parenthood), “tem realizado protestos em massa desde o outono de 2018, ao lado de um dos prédios da Planned Parenthood”, diz trecho da ação movida pela rede de clínicas de aborto.
“Diretamente do outro lado da parede, de onde a multidão se reúne para cantar, assobiar e gritar, estão todas as salas de exames dos pacientes da instalação”, acrescenta o documento, que não menciona o fato de os cultos começarem às 18h00, quando a clínica já encerrou as atividades. “Os líderes do TCAPP aumentam intencionalmente o barulho, incentivando a multidão a levantar a voz, a cantar mais alto, a gritar e a gritar cada vez mais”, reitera a Planned Parenthood no processo.
“O nível de ruído excede rotineiramente os limites estabelecidos na lei de ruído da cidade. […] Se os protestos do TCAPP fossem sobre adoração e não sobre interromper as operações da clínica, o TCAPP poderia se mudar para o lado oposto da rua em frente ao prédio do Exército de Salvação”, sugere a Planned Parenthood, alegando que lá “há mais espaço para uma grande reunião e todos os envolvidos seriam mais seguros”.
O pastor Ken Peters, fundador do TCAPP, disse que ele escolheu especificamente a parte estreita da rua para realizar cultos uma vez por mês: “Queremos chegar o mais perto possível da Planned Parenthood, porque quanto mais próximos estamos, maior a declaração que fazemos, afirmando que discordamos do que eles estão fazendo”, argumentou, referindo-se ao assassinato de bebês.
Comentando sobre o nível de ruído, o pastor respondeu dizendo que tem feito “tudo o que é possível para cumprir a ordenança de som e ainda podermos fazer o que achamos que é a nossa Primeira Emenda [da Constituição] garante”. […]
“Sabemos que eles estão lá com seus pequenos medidores de som e sim, é apenas um jogo estúpido […] Estamos nessa contenda há dois anos”, disse Peters. “Nós nunca fomos advertidos. Nós não causamos destruição. Nós não saqueamos. Nós não tumultuamos. Nós literalmente vamos à Planned Parenthood e mantemos a igreja uma vez por mês. Fazemos isso depois do horário. Não estamos causando nenhum dano”, reiterou o pastor.
A congregação que abraçou a iniciativa está, segundo o pastor, “chamando a atenção para o fato de que eles estão matando a vida por dinheiro”: “É disso que eles não gostam. É por isso que eles estão nos processando. Estamos brilhando a luz do Senhor sobre seus pecados, e é isso que eles nos odeiam”, acrescentou Ken Peters.
No site do projeto, os encontros ao ar livre são chamados de “cultos às portas do inferno […] uma reunião de cristãos para a adoração a Deus e a oração como corpo [de Cristo] pelo arrependimento para esta nação, arrependimento pela igreja apática e arrependimento de nossa culpa por sangue neste holocausto do aborto”.
A Planned Parenthood promove mais de 345 mil abortos por ano, de acordo com o relatório mais recente, diz o portal Life Site News. Além disso, a rede de clínicas de aborto distribuiu mais de 593 mil kits de contracepção de emergência, comumente conhecidos como a “pílula do dia seguinte”, que também podem causar abortos em alguns casos.