Uma nova descoberta da arqueologia bíblica tem reforçado a precisão histórica das Escrituras Sagradas. Apesar das destruições provocadas pelos ataques do Estado Islâmico em sítios históricos, no Iraque, prejudicando o esforço memorável de arqueólogos de todo mundo para preservar relíquias milenares, alguns acontecimentos, como se fossem obra do acaso, terminaram contribuindo para descobertas, por exemplo, sobre o Rei Senaqueribe e o Profeta Jonas, ambos mencionados na Bíblia.
Foi o que aconteceu após terroristas do Estado Islâmico cavarem túneis subterrâneos debaixo de um santuário considerado tanto por cristãos quanto por muçulmanos, o local que acreditam ser o túmulo do Profeta Jonas. Trata-se do santuário de Nabi Yunus, situado no topo de uma colina no leste de Mossul, um dos dois montes que fazem parte da antiga cidade assíria de Nínive.
Segundo informações da agência Telegraph, Após a retomada do controle da região pelas forças iraquianas, no mês passado, arqueólogos locais e ingleses descobriram túneis escavados pelo Estado Islâmico, com o objetivo de encontrar e roubar relíquias da arqueologia bíblica para vender no mercado negro, e assim obter recursos de financiamento para o terrorismo.
O que os terroristas islâmicos não imaginavam, porém, era que com essas escavações os arqueólogos descobrissem um novo sítio histórico, intocável, datado de aproximadamente 600 anos antes de Cristo. Se trata do palácio do rei assírio Senaqueribe e seu filho, o rei Assaradão, que segundo a Bíblia tentaram conquistar Jerusalém no reinado de Ezequiel, conforme 2 Reis 18 e 19.
Para Eleanor Robson, do Instituto Britânico para o Estudo do Iraque, os achados “não correspondem às descrições do que esperávamos haver lá embaixo”, considerando ter sido uma grande descoberta para a arqueologia bíblica a obtenção de novas relíquias históricas, como registros em escrita cuneiforme:
“Há uma enorme quantidade de história lá em baixo, não apenas pedras ornamentais. É uma oportunidade para finalmente mapear o tesouro do primeiro grande império do mundo, desde o período de seu maior sucesso.”, disse ele.
Um fato que o sr. Salih, ex-curador do museu de Mossul e responsável por uma equipe que documenta as descobertas em caráter de emergência lamenta, é o roubo de relíquias pelo Estado Islâmico, com o objetivo de vender e financiar atos terroristas. Apesar disso, ele garante que as evidências que permaneceram no local são de grande importância:
“Eu só posso imaginar o quanto EI descobriu lá antes de chegarmos aqui. Nós acreditamos que eles levaram muitos dos artefatos, como cerâmica e peças menores, para vender. Mas o que eles deixaram será estudado e vai acrescentar muito ao nosso conhecimento do período.”, disse ele ainda na mesma publicação.