Os cristãos evangélicos no México que vivem em determinadas regiões estão sofrendo com a perseguição religiosa. Eles são alvos de chantagens pelo simples fato de seguir a Jesus Cristo, recusando às tradições religiosas locais.
Serviços básicos como coleta de esgoto, por exemplo, e o acesso à água, são recusados aos evangélicos como forma de pressioná-los a deixar a fé em Jesus Cristo conforme a doutrina bíblica.
Às famílias que se recusam a deixar a fé em Cristo conforme a tradição protestante, são até expulsas de suas casas, perdendo os direitos sobre suas terras. Isso, porque, a perseguição religiosa local possui a chancela de algumas autoridades, o que é ainda mais preocupante.
“Estamos profundamente preocupados com a inação do governo na região de Huasteca e as violações persistentes do direito à liberdade de religião ou crença”, disse Mervyn Thomas, executivo-chefe da CSW, uma organização que lida com a proteção dos direitos humanos com ênfase na liberdade religiosa.
“Também pedimos aos governos federal e estadual do México que defendam o direito à liberdade de religião ou crença e garantam resultados justos para todas as comunidades de minorias religiosas”, disse Thomas, segundo a CPAD News.
Segundo informações da organização Portas Abertas, a perseguição aos cristãos no México é caracterizada principalmente por divergências étnicas e até pelo crime organizado.
Cartéis de drogas, por exemplo, se voltam contra os pastores e evangelistas que trabalham para retirar os jovens das drogas e também do tráfico.
“Muitos cristãos são vistos como obstáculos à atuação de gangues criminosas, especialmente quando estão engajados no trabalho com jovens e reabilitação de usuários de drogas. Por isso, eles enfrentam ataques, extorsão e até mesmo assassinato”, diz a entidade.
“O antagonismo étnico se manifesta porque 21,5% da população do México pertence a grupos indígenas. Essas comunidades são governadas por leis e costumes tradicionais, com mínima intervenção do Estado. Os que se convertem ao cristianismo protestante enfrentam pressão e ataques violentos quando abandonam as práticas do grupo étnico ao qual pertencem”, explica a organização.