Durante muitos anos da sua vida, a ex-ateia Hongyi Yang pensou que Deus não existia. Nascida na China, onde o regime político do seu país prega o ateísmo como viés ideológico do Estado, ela só teve a oportunidade de conhecer de perto uma Bíblia Sagrada quando se mudou para os Estados Unidos, 20 anos atrás.
“Eu era ateia na época. Eu acreditava que não havia Deus que pudesse nos salvar e que devemos lutar pelo sucesso por nossa própria habilidade, diligência e sorte”, disse ela em sua coluna no Baptist Press, do Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth, Texas.
“Eu cresci em uma cidade no sudoeste da China (…). Estudei em Pequim por seis anos e obtive meu diploma de bacharel e mestrado lá. Antes de vir para os EUA, nunca tinha visto uma cópia da Bíblia e só conheci um cristão em toda a minha vida”, disse ela.
Yang contou que não apenas desprezava os cristãos, como debochava do cristianismo. Ela não via sentido em uma doutrina que falava sobre um Deus que se sacrificou na cruz por amor à humanidade. Isto para ela era sinal de fraqueza e não de força, mesmo quando já havia chegado aos EUA.
“Alguns cristãos me convidaram para ir à igreja. Recusei sem hesitar. Eu também zombei do cristianismo. Eu pensei que é tão humilhante adorar um Deus que foi crucificado na cruz. É exatamente isso que 1 Coríntios diz: ‘um homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque são tolices para ele’ ( 1 Coríntios 2:14 ). Eu era realmente uma tola”, contou a ex-ateia.
A mudança radial ocorreu na vida de Yang quando ela resolveu ir a um evento evangelístico de três dias, para ver de perto o que diziam os cristãos. “Participei de uma conferência evangelística onde ouvi principalmente dois oradores falando sobre Deus”, disse ela.
“Por meio de suas mensagens, fiquei convencida de que existe um Deus e que Ele é como um Pai que espera que retornemos a Ele. No último dia da conferência, decidi seguir Jesus Cristo. Depois que tomei a decisão, coisas incríveis aconteceram”, contou.
Yang então percebeu que a morte da Cruz não significou fraqueza, mas justamente o oposto de tudo o que os seres humanos entendem sobre poder. Finalmente, o ato de doação em favor do próximo como um gesto de amor ficou claro diante dos seus olhos.
“Senti que meus olhos se abriram e era quase como se eu pudesse ver o mundo mais claramente do que antes. Eu experimentei um tipo de amor gentil, brilhante e grande que nunca havia experimentado. Eu certamente sei que realmente existe um Deus e estou experimentando Seu amor”, destacou a ex-ateia.
Desde então a chinesa passou anos da sua vida se capacitando em Teologia. Atualmente, Hongyi Yang atua como professora assistente de teologia sistemática no programa de estudos para mulheres do Seminário Batista do Sul.