Um golpista que pedia ofertas aos fiéis, apresentando-se como um sacerdote cristão, foi preso pela Polícia Civil do Maranhão na última terça-feira, 17 de dezembro, acusado de praticar estelionato.
O homem, identificado como Adeildo Lima dos Santos, se passava por padre de uma tradicional paróquia na capital do estado, São Luís, e pedia que fiéis fizesse doações em dinheiro em seu nome e no nome da igreja.
De acordo com informações do G1, a Polícia Civil vem investigando o caso e até agora tudo indica que ele pedia aos fiéis que fizessem as doações através de transferências bancárias, e em muitos casos, em espécie. Para convence-los, dizia se tratar de recursos para uma reforma nas instalações da igreja.
Quando a Polícia conseguiu o mandado de prisão e o abordou, Adeildo Lima dos Santos confessou o crime e admitiu que praticava o golpe há vários anos. No depoimento, ele revelou que somente nos últimos três meses arrecadou cerca de R$ 10 mil junto aos fiéis.
Agora, as investigações seguem em andamento, já que há suspeita de que o falso padre atuava com a ajuda de comparsas, pois algumas contas bancárias usadas para receber as doações eram de outras pessoas.
O estelionatário já tem passagens pela Polícia pelo mesmo crime, e agora responderá ao processo sob custódia. Ele foi transferido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde ficará à disposição da Justiça.
Golpes
Esse tipo de crime não é exclusividade do meio católico: em setembro de 2018 dois pastores foram acusados de estelionato por negociarem a venda de uma igreja.
Os fiéis das igrejas Batista da Vila União e Luz Para os Povos procuraram a Polícia e acusaram o pastor da primeira, Valtuir Martins Ferreira, de vender a denominação para o líder da segunda, bispo Gilmar Martins.
O delegado responsável pelo caso, Isaías Pinheiro, informou que os dois líderes fraudaram uma assembleia para autorizar a comercialização do imóvel com todo o mobiliário incluso, alegando que a operação oficializava uma fusão das duas denominações.
Os fiéis disseram que ajudaram na compra de vários itens, como aparelhos de som e bancos. Os envolvidos negam o crime, mas o delegado afirma que Ferreira e Martins dissimularam a venda como uma fusão, em 2013.
“Houve o golpe, o estelionato. O pastor vendeu a igreja de ‘porteira fechada’, inclusive com os fiéis. Ele fez uma reunião e os induziu ao erro, dizendo que não estava vendendo a igreja alegando que haveria apenas uma união entre os dois templos”, explicou Pinheiro.