Viralizou nas redes sociais uma gravação em que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, aparece fazendo o que pareceu ser um desabafo a respeito das dificuldades encontradas por sua pasta na gestão Lula, especificamente quanto à relação do atual governo com Israel.
“Houve agora uma concorrência, uma licitação, e venceram os judeus, o povo de Israel. Mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas nós não podemos aprovar”, disse ele.
O ministro se referia à compra de suprimentos militares. Israel é considerado uma das maiores potências tecnológicas do planeta, sendo um fornecedor de equipamentos bélicos de destaque mundial, como drones, mísseis e blindados.
O presidente Lula, contudo, desde o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, e agora contra o também grupo terrorista Hezbollah, no Líbano, vem fazendo críticas ao governo israelense, chegando ao cúmulo de acusá-lo de “genocídio” contra os palestinos.
“Enojado”
Ex-procurador de Justiça, Deltan Dallagnol disse ter ficado “enojado” com a revelação feita pelo ministro da Defesa, tendo em vista o caráter aparentemente antissemita do atual governo brasileiro.
“Essa afirmação de Múcio é absolutamente inaceitável e precisa ser repudiada imediatamente”, comentou Dallagnol. “Se verdadeira, isso significa que o governo Lula praticou um abominável ato de antissemitismo, racismo, discriminação e preconceito racial contra um grupo étnico protegido e que já sofre muita opressão.”
“Significa, ainda, uma semelhança horrorosa do governo Lula com práticas nazistas, como os boicotes, ataques e depredações contra comércios judeus que aconteciam frequentemente na Alemanha governada por Hitler”, completou o jurista.
O posicionamento do atual governo brasileiro contra Israel vai na contramão do que lideranças políticas do Ocidente, bem como religiosas, interpretam o conflito no Oriente Médio. Para o pastor, autor e professor Franklin Ferreira, por exemplo, não há o que discutir sobre o lado em que o Brasil deve estar.
Ferreira lembrou que “no dia 7 de outubro de 2023, Israel sofreu um dos seus piores ataques em sua história”, o que motivou a reação israelense contra os terroristas do Hamas e do Hezbollah. “E nós, como cristãos, devemos estar ao lado do Estado de Israel, orando e suplicando para que tais atrocidades não se repitam.” Assista:
Ver essa foto no Instagram