A perseguição religiosa aos cristãos que vivem na China vai além da acusação de “atividade ilegal”, como ocorreu recentemente após a invasão de uma igreja cristã no dia 1° de dezembro, segundo informações noticiadas pelo Gospel Mais alguns dias atrás.
Autoridades do Partido Comunista da China querem não só impedir a reunião dos cristãos fiéis a Jesus Cristo, como também proibir a leitura da Bíblia Sagrada, segundo informações da agência internacional de vigilância religiosa ‘Bitter Winter’.
“De agora em diante, vocês não poderão mais se encontrar aqui, nem ler a Bíblia”, disse uma autoridade do governo aos membros de uma igreja doméstica localizada em Jinan, província de Shandong.
A mais recente narrativa do Partido Comunista da China (PCC) contra os cristãos consiste em associar a fé em Cristo às atividades ilegais, como o contrabando. É neste sentido que o regime procura privar o avanço dos cultos no país, visto que tudo o que não passa pelo crivo do PCC, se torna automaticamente “ilegal”.
“De acordo com ordens do governo central, a Bíblia é proibida. Vocês foram designados como alvos da campanha para limpar crimes de gangues e eliminar o mal”. disseram às autoridades.
Crescimento do cristianismo
Assim como no Irã, onde o cristianismo cresce apesar da forte repressão, a China teme o poder da Verdade em Cristo na consciência da sua população, visto que por décadas o país tem sido controlado pela ideologia autoritária do comunismo, o que contrasta com os princípios libertários do cristianismo.
“O governo nos persegue porque teme que os membros crescentes e o rápido desenvolvimento da igreja sejam desfavoráveis para eles”, disse um membro de uma igreja doméstica de Yunnan. “Esses funcionários estão agindo como demônios.”
O que parece uma luta meramente contra questões políticas, na verdade, se trata de um embate contra a exposição de valores que confrontam diretamente os princípios controladores do Partido Comunista da China, especificamente no tocante à liberdade de crítica, manifestação e iniciativa, fatores esses comuns na prática cristã.
“O que estamos vendo, de Xinjiang ao Tibete e entre comunidades protestantes e católicas em toda a China é uma guerra total sendo travada pelo Partido Comunista contra a crença religiosa e crentes”, declarou David Mulroney, ex-embaixador canadense na China.