Uma igreja virou notícia após decidir revogar, de maneira formal, a inscrição de membro para uma lésbica que conheceu sua companheira nos cultos. Por escrito, a congregação reprovou seu “estilo de vida antibíblico” e reafirmou seu compromisso com a mensagem do Evangelho.
A Igreja Batista Gracewood, na cidade de Southaven, Mississippi (EUA), enviou uma carta a Mary Catherine Trollinger deixando claro que ela não era mais bem-vinda para congregar.
“A seu pedido de perdão e evidência de arrependimento, no entanto, você pode ser restaurada à plena comunhão em Gracewood pelo voto do corpo”, escreveu o pastor Barry Baker. “Como o Pai se alegra com uma ‘ovelha perdida’ sendo encontrada, nós celebraremos o seu ‘regresso a casa’. Vamos orar e esperar com expectativa”, acrescentou.
Mary sugeriu em uma publicação no Facebook que esse momento não chegará em breve. “Hmmmmm, tudo bem”, escreveu ela. “Indo para uma igreja melhor agora. Amo minha esposa e Cristo!
Ela conheceu a esposa Olivia Jennings enquanto ambas frequentavam a igreja filiada à Convenção Batista do Sul, considerada a maior denominação evangélica do mundo. Segundo relataram à emissora WATN Local 24 News, elas foram convidadas a sair depois que começaram a namorar.
De acordo com informações do portal Advocate, a carta aponta especificamente para o relacionamento homossexual como causa da expulsão. “Faz cerca de um ano desde que você deixou sua família da igreja para viver um estilo de vida antibíblico com Olivia Jennings”, escreveu o pastor Baker a Mary.
Olivia Jennings queixou-se que a natureza pessoal da carta tornou a situação mais chocante para elas: “Uma coisa é enviar uma carta genérica, apenas um modelo, mas é outra coisa para personalizar a carta. Nesse sentido, todas as coisas que foram ditas não foram por amor, foi mais por maldade ”, afirmou.
No entanto, a iniciativa da igreja em expulsar Mary não foi o primeiro gesto de rejeição que recebeu. Sua própria família já a tinha expulsado de casa por reprovar sua sexualidade momentos antes. “Minha mãe não apenas disse ‘você não pode morar aqui’, mas minha igreja disse ‘você não pode vir para cá’, e foi no mesmo dia. Então eu fiquei com o coração partido numa depressão profunda por alguns meses”, contou.
Agora, Mary e Olivia encontraram uma igreja adepta da teologia inclusiva, em outra cidade, e estão frequentando o local.