A indicação cada vez mais iminente do pastor André Mendonça à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) contaria com oposição do ministro Gilmar Mendes. Essa informação teria sido revelada pelo presidente da Corte, Luiz Fux, ao pastor Silas Malafaia.
A jornalista Amanda Almeida, d’O Globo, publicou que o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo teria ido a Brasília (DF) “fazer lobby por André Mendonça para a vaga de Marco Aurélio Mello”, e em um dos encontros com autoridades “ouviu de Luiz Fux que o advogado-geral da União de Jair Bolsonaro tem amplo apoio dos ministros da Corte”, com a exceção de “Gilmar Mendes”, que se tornará o decano do STF.
Essa informação “Malafaia confidenciou a aliados”, segundo a jornalista. A repercussão da suposta objeção de Gilmar Mendes levou o ministro a negar que se oponha à indicação do “terrivelmente evangélico” – nas palavras do presidente Jair Bolsonaro – à Corte constitucional brasileira.
“Conversei com o André Mendonça duas vezes recentemente. Não há veto de modo algum de minha parte. Disse que ele pode virar ministro pelas qualidades dele, e não é preciso invocar qualquer questão evangélica”, garantiu Mendes.
Pastor presbiteriano, André Mendonça é o atual ministro da Advocacia Geral da União (AGU) e funcionário de carreira do órgão. Recentemente, na defesa do direito à retomada dos cultos presenciais nas igrejas e reuniões em demais templos, o ministro deu uma demonstração do porquê se encaixa no critério extra definido pelo presidente da República.
“Não há Cristianismo sem vida comunitária. Não há cristianismo sem a casa de Deus. Não há cristianismo sem o dia do Senhor. É por isso que os verdadeiros cristãos não estão dispostos, jamais, a matar por sua fé. Mas estão sempre dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e de culto. Que Deus nos abençoe e tenha piedade de nós”, disse Mendonça.