O cristianismo é perseguido desde os primórdios do seu surgimento, no primeiro século após o nascimento de Jesus Cristo. Uma das obras de destaque no mundo inteiro que relata o sofrimento dos cristãos em todo mundo foi escrita por John Foxe, que viveu entre 1516 e 1587, chamada “O Livro dos Mártires”, e ilustra bem como por séculos os fieis ao Senhor lutam por sua liberdade.
Não tem sido diferente em nossos dias. Apesar da evolução civilizatória e tecnológica, a intolerância religiosa permanece viva, especialmente através de crenças que não admitem o confronto de ideias. O “Relatório 2018 sobre a Proteção Legal da Liberdade Religiosa na União Europeia (UE)” comprova essa triste realidade.
Segundo o documento, dos 28 países que compõem o bloco europeu, seis não possuem leis específicas de proteção ao sentimento religioso, sendo eles a França, Reino Unido, Bélgica, Croácia, Hungria e Eslováquia.
O relatório foi apresentado no último dia 4, pela Associação Espanhola de Advogados Cristãos (AEAC), tendo como objetivo revelar a necessidade de leis mais específicas de proteção à liberdade religiosa. Os cristãos, nesse caso, é a população mais necessitada, uma vez que são os mais perseguidos.
A Associação destacou os “10 países da UE cujas sanções são mais duras na hora de castigar as ofensas contra os sentimentos religiosos dos cidadãos”, como a Alemanha, Bulgária, Finlândia e Áustria, ressaltando a importância do bloco tê-los como exemplo, além do Canadá, que apesar de não pertencer ao grupo, possui uma legislação modelo.
O documento aponta ainda que o cristianismo é a religião mais perseguida. Os dados revelam casos de genocídio, escravidão, violação, prisão, deslocamento forçado, conversões forçadas, destruição de propriedades e proibição da educação religiosa para crianças.
Curiosamente, a França que é um país laico, possui o maior número de registro de ódio aos cristãos, sendo nos países confessionais (cerca de 21%) onde a liberdade religiosa e mais protegida, especialmente na Espanha, Alemanha, Portugal, Luxemburgo e Letônia, segundo informações do ACI Digital.