O discurso de Michelle Bolsonaro no lançamento da candidatura de seu marido à reeleição foi elogiado pelo pastor Rodrigo Mocellin, que destacou a coerência e constância da primeira-dama em colocar sua fé sempre à frente de suas manifestações.
O pastor e youtuber ironizou a mídia pelas críticas à primeira-dama: “Onde já se viu, gente, fazer um discurso político e ficar o tempo inteiro falando de Deus? É realmente um absurdo num tempo como o nosso”.
“Eu reparei a quantidade de vezes que ela falou sobre Deus no discurso: ‘Deus é muito bom e não tem sido fácil’; depois ela disse que quando viu o marido dela na maca, depois da facada, afirmou o seguinte naquele momento: ‘O Senhor tem o controle de todas as coisas. Não cai um fio do cabelo de nossa cabeça e uma folha de uma árvore sem a permissão do Senhor”, contextualizou Mocellin.
Embora existam críticas na imprensa contra o discurso da primeira-dama, evangélica, o pastor fez um contraponto, valorizando o fato de que Michelle Bolsonaro declara publicamente que ora no gabinete da presidência da República, intercedendo pela nação:
“Ela disse mais: ‘Naquele momento, nós vivemos cada minuto na dependência de Deus. […] Deus tem dado sabedoria, Deus tem dado discernimento’. Ela contou também sobre as orações a favor do presidente, dizendo que ela entra no gabinete dele e intercede por ele. Olha, eu prefiro um candidato que no dia do lançamento de sua candidatura a gente ouve falar sobre Deus, do que a candidatura de gente que tem como pauta matar bebês, invadir terra…”, opinou o pastor.
Mocellin lembrou do episódio em que a comunista Manuela D’ávila (PCdoB), vice na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, foi à missa durante a campanha, com vistas a angariar votos dos católicos:
“É claro que tudo pode ser encenação. A diferença é que a Michelle vai à igreja há muito tempo, e fala de Deus o tempo todo. Agora, esse pessoal, de ateu vira cristão apenas durante a eleição”.
Idolatria
Sobre as críticas, existentes inclusive no meio evangélico, aos cristãos que se engajam no apoio a Bolsonaro, Mocellin afirmou que todo o discurso de acusação de idolatria é construído a partir de oportunismo e “mau-caratismo”:
“Houve muita gente que votou no Bolsonaro e se diz arrependida hoje. A questão é que, em minha opinião […] isso tem muito a ver com falsas informações que são transmitidas a nós, constantemente, por essa mídia militante”, elaborou Mocellin.
“Se essas informações são mentirosas, fraudulentas, é claro que a nossa opinião é afetada. ‘Ah, mas há muita idolatria ao Bolsonaro’. Primeiro, não nego que haja idolatria, afinal o coração do homem é uma fábrica de ídolos, ele idolatra um pedaço de gesso, idolatra um time de futebol, porque não iria idolatrar um político?”, questionou o pastor.
“Agora, dizer que todos nós, simplesmente por expressarmos voto num candidato que, pela primeira vez, tem pautas minimamente parecidas com as nossas, está idolatrando? Para mim, isso aí é mau-caratismo”, rebateu Rodrigo Mocellin.