Quem possui o privilégio de ter uma Bíblia em casa, ou de simplesmente achar um exemplar da Palavra de Deus em qualquer livraria, geralmente não faz ideia de que milhões de pessoas ainda não têm acesso às Escrituras sagradas, segundo informações de uma organização missionária que atua enviando Bíblias para diversas regiões do mundo.
A World Missionary Press (WMP) informou em um comunicado que não está conseguindo atender a demanda dos pedidos de Bíblias que chegam até ela, totalizados em cerca de 126 milhões.
Parte da dificuldade no envio das Bíblias, além dos recursos para a produção em si, é a localização das pessoas que estão “espiritualmente famintas”, visto que quase a metade dos milhões de pedidos partem da África, onde o radicalismo muçulmano está presente em vários países.
“Há uma fome crescente pela Palavra de Deus”, diz Helen Williams, representante da WMP, que já atende 56 países e produz quase sete milhões de folhetos por mês, distribuídos gratuitamente.
“Tenho um e-mail na minha mesa de um homem na Zâmbia dizendo: ‘Precisamos de alimento espiritual aqui. Tenho cinco igrejinhas no vale [com] 473 pessoas, há uma tremenda fome pela Palavra e preciso da sua ajuda”, relata Helen.
A WMP reconhece que o radicalismo islâmico dificulta a distribuição das Bíblias, pois os ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo são ameaçados de morte, discriminados e por isso não conseguem ter plena liberdade de acesso à Palavra de Deus.
“Os fiéis de origem muçulmana costumam ser excluídos de suas famílias e enfrentam ataques ou até a morte [quando se convertem ao cristianismo]”, diz a organização, segundo informações da CHVN Rádio.
“Oramos por aqueles que o receberão [a Bíblia], que o trabalho do Espírito seja realizado e que as pessoas respondam ao que leem. [Ore] para que os crentes sejam fundamentados e tenham uma fé mais firme”, pede Helen.