Os ataques sofridos por Bruna Karla, após seu firme posicionamento em defesa da doutrina bíblica sobre a sexualidade, repercutiram no meio evangélico e pastores expressaram elogios à cantora.
Em uma entrevista a Karina Bacchi, Bruna Karla se posicionou contra as igrejas que adotam a teologia inclusiva e também rejeitou a hipótese de cantar em cerimônias homossexuais.
A reação da mídia e de algumas subcelebridades, como o ex-BBB Gil do Vigor, foi intensa e ruidosa, acusando a artista gospel de homofobia.
Entretanto, Bruna Karla também recebeu elogios de lideranças evangélicas, que ressaltaram que seu posicionamento é respaldado pelo direito à liberdade de expressão e religiosa.
“Bruna Karla está certa em emitir sua opinião, afinal de contas ela possui direito e liberdade religiosa para isso”, escreveu o pastor Renato Vargens.
“Tenho visto os defensores da tolerância reagindo com intolerância aos que pensam diferente. Nessa perspectiva, quando contrariados, os que deveriam ser tolerantes, respondem aos conservadores denominados por eles ‘intolerantes’ com ironia, deboche e cancelamento nas redes sociais”, contextualizou.
O pastor aproveitou para ironizar o duplo padrão: “Ora, tolerantes não pregam tolerância? Por acaso não deveriam ser os defensores das denominadas minorias, tolerantes? Por que será então que ‘tolerantes’ não toleram ser contrariados? Afinal de contas não são os ‘conservadores’ intolerantes?”.
Outro que saiu em defesa da cantora foi o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP): “Mesmo sem levar em conta os princípios bíblicos, que abominam as relações entre pessoas do mesmo sexo, todos têm o direito de não concordar em participar de atos públicos contrários aos seus princípios. Antes e acima de qualquer liberdade individual, está a liberdade de pensamento!”.
A postura de Bruna Karla é legítima, disse Feliciano: “Não existe o menor resquício de homofobia, mas sim coerência com seus princípios bíblicos. À minha amiga e irmã em Cristo, Bruna Karla, deixo meu incondicional apoio, pois em matéria de fé não transigimos um milímetro sequer”.
Feliciano concluiu seu artigo lembrando os fatos de 2013, quando foi perseguido por ocupar o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados:
“Fui agredido fisicamente, em um avião e em locais públicos, por defender nossos princípios. Na época, sofri cancelamento inclusive do meio evangélico quando me chamavam de radical. Hoje estamos vivendo o que falei. Pastores sendo processados por não fazerem casamento homossexual, cultos sendo interrompidos por ativistas que ficam nus ou se beijam, etc”, lamentou.