Uma das formas utilizadas para eliminar uma cultura ou religião é destruindo a sua fonte de conhecimento. Disso, ao que parece, os agentes do Partido Comunista Chinês sabem muito bem, por isso realizaram recentemente uma campanha de queima de Bíblias e cruzes, em claro ato de intolerância ao avanço do cristianismo no país.
“A última vez que a campanha de queima de Bíblias aconteceu foi no final dos anos 1960, pela esposa do ditador Mao, Jiang Qing, em Xangai”, escreveu Bob Fu em sua conta no Twitter. Ele é o presidente da organização ChinaAid, que monitora os índices de perseguição religiosa no país.
Fu destacou que apesar da prática ter sido utilizada no passado, quando a repressão era ainda maior sob o regime de Mao, o cristianismo na China só fez crescer, revelando que a fé em Cristo é maior do que a opressão ideológica.
“Ela foi presa em 1976, mas os cristãos cresceram em milhões. Isso nunca será bem sucedido”, disse ele.
Além da campanha de queima de Bíblias e cruzes, o Governo comunista está obrigando os cristãos a assinarem um documento onde negam a fé no Senhor Jesus. Para isso, eles ameaçam retirar benefícios sociais, caso não assinem.
A intenção do Governo, ainda segundo Bob Fu, é “sinicizar” o cristianismo no país. Na prática, se trata de adaptar a doutrina aos interesses ideológicos do regime comunista. Por essa razão, apenas igrejas consideradas aliadas ao regime são autorizadas a funcionar. Todas às demais são tratadas como clandestinas e seus membros perseguidos.
“Temo que não há como resolver essa questão com as autoridades”, disse o pastor Jin Mingri, líder da Igreja de Sião, que recentemente foi considerada “clandestina” e declarada oficialmente “banida” a sua atividade.
Para o Centro Americano de Direito e Justiça, o aumento da perseguição aos cristãos na China é devido ao crescimento do cristianismo no país, algo que o Governo não está conseguindo conter.
“O governo chinês está tentando impedir a disseminação do cristianismo. Essa perseguição flagrante não pode ser tolerada”, declarou a entidade, segundo informações do Christian Post.
Veja abaixo o vídeo divulgado por Fu:
#China CCP starts burning the Bible and crosses in Henan. Last time burning Bibles campaign happened in late 1960s by dictator Chairman Mao’s wife Jiang Qing in Shanghai. She was arrested in 1976 but Christians grew to millions. Will Never be successful河南文革重现,烧圣经十字架 pic.twitter.com/T5esv16NXI
— Bob Fu傅希秋 (@BobFu4China) September 5, 2018