O filme que atraiu para si manchetes depreciativas em veículos de grande mídia, mas ao mesmo tempo vem mobilizando pessoas interessadas em sua denúncia, segue no topo das bilheterias no Brasil. Dados indicam que 1,7 milhão de pessoas já o assistiram no país.
Sucesso de público, o filme não tem sofrido impacto negativo das críticas feitas pela grande mídia. No exterior, veículos como a renomada revista The Economist trataram o longa-metragem sobre o combate ao tráfico infantil e exploração sexual de menores como uma fraude.
“Como fazer uma fortuna com um filme medíocre”, dizia a manchete no site da revista. O mesmo tom foi adotado pelo G1, do Grupo Globo, que o descreveu como “filme pequeno polêmico”, apesar de admitir se tratar de uma história real antipedofilia.
Ao longo da semana passada, Som da Liberdade vendeu R$ 8,1 milhões em ingressos, enquanto o segundo colocado, Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso, arrecadou R$ 6 milhões. Denzel Washington protagoniza o terceiro colocado, O Protetor: O Capítulo Final, que somou R$ 4,9 milhões.
Desde sua estreia, em 21 de setembro, o filme já arrecadou em solo brasileiro algo em torno R$ 30 milhões. Nos Estados Unidos, a bilheteria ultrapassou a marca de US$ 172 milhões, tendo custado apenas US$ 14,5 milhões, com a maior parte desse valor vindo do investimento do público.
Inicialmente, o filme fazia parte do catálogo da Fox, que o colocou na gaveta quando a empresa estava sendo adquirida pela Disney. Em 2018, após a compra ser concluída, a gigante do entretenimento decidiu arquiva-lo, e o filme só saiu do limbo de Hollywood após a Angel Studios adquirir seus direitos de distribuição.
Ironicamente, a bilheteria nos EUA de Som da Liberdade superou a arrecadação de um blockbuster da própria Disney: Indiana Jones e o Chamado do Destino, com um elenco recheado de estrelas, vendeu menos ingressos que o filme que havia sido descartado pela empresa.