O acusado de matar a missionária americana Dorothy Mae Stang, Rayfran das Neves Sales, é submetido nesta segunda-feira a novo júri popular, em Belém (PA).
O pistoleiro acusado de assassinar a missionária com 6 tiros, em fevereiro de 2005, na localidade de Anapu, interior do Estado, já havia sido condenado a 27 anos de prisão. Como prevê a legislação brasileira aos condenados a mais de 20 anos, teve direito a novo julgamento. A sessão deve durar dois dias.
A sessão do júri popular começou às 8h20 no horário local (9h20 no horário de Brasília), com o sorteio dos 7 jurados. Logo mais o juiz deve começar os trabalhos com interrogatório do réu.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, o dia de hoje será dedicado ao interrogatório, leitura de peças, exibição de vídeos e inquirição de testemunhas.
O Promotor de Justiça responsável pelo caso, Édson Cardoso, solicitou cinco testemunhas de acusação.
A defesa chamou apenas três. Das testemunhas solicitadas pela defesa, duas já foram condenadas por participação no crime. São eles Vitalmiro Bastos de Moura, o “Bida”, fazendeiro acusado de ser um dos mandantes da morte da missionária, condenado a 30 anos de prisão; e outro pistoleiro, Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos de reclusão. A terceira testemunha é o delegado de Polícia Civil, Pedro Monteiro.
Ao final da sessão, Sales poderá ter sua pena mantida, reduzida ou aumentada, mas a absolvição está descartada.
Fonte: Folha Online