Lito Atalaia lançou no final de 2007 seu novo disco, intitulado, Javé Nissi, que significa “O Senhor é a minha bandeira”.
Desde Levante e anda, seu primeiro cd que foi lançado pelo selo 7 taças, que esse rapper de Guarulhos tem se destacado com sua forma swingada de rimar e vem marcando presença de qualidade na black gospel nacional com participações em diversas gravações, tais como, Raiz Coral, Ton Carfi, Daniel Ribeiro (Panthro), Soul Dreams, Pregador Luo, Jamal, entre diversos outros.
O novo álbum foi gravado pelo seu próprio selo, lançado pelo selo “Aperte o play” do grupo de hip hop paulista “Ao Cubo” e está sendo distribuído para todo o Brasil através da gravadora Leonel Line.
Traz participações de Sérgio Saas, Ton Carfi, Rap Sensation e Tate (Eclesiastes), entre outros.
A faixa que abre o repertório funciona como uma vinheta onde Lito e César Martins, de forma criativa, tecem comentários sobre seu novo trabalho.
No final da conversa temos os versos de Asas e raízes. Ficaria melhor se a vinheta e a música estivessem gravadas em faixas separadas, por que da forma como foi gravada tem que se ouvir a vinheta toda hora que quiser se ouvir o rap.
Bota fé é uma canção de confiança na proteção, provisão e direção divina em relação aqueles que buscam viver de acordo com Sua vontade. Destaque para o arranjo instrumental que traz uma pegada funkeada muito boa.
Ele que fez é uma das mais tocadas nas rádios. O hino já vinha sendo bem divulgado por causa de sua versão acústica lançada no cd “Saas apresenta volume dois”. Aqui neste registro o hino conta com beats do Dj Max, piano de Thompson França e baixo de Ted Furtado. Somzeira!
O que for preciso traz uma levada frenética, com pitadas de reaggaeton como base para expressões de exaltação a soberania de Deus, que abre e fecha portas segundo a Sua onipotente vontade. “O que for preciso Ele fará”.
Tate e Léo do Eclesiastes dividem os versos de Cruz e sangue. O hino alterna versos de testemunho com versos evangelísticos. Só faltou uma guitarra com distorção pro hino ter uma roupagem new metal.
Um arranjo que traz riffs de guitarra cativantes é a base para Carta aos manos. O louvor traz versos evangelísticos. Destaque para o Pastor Mano, responsável pela guitarra e pelas intervenções vocais.
Ele é capaz traz diversos efeitos eletrônicos fazendo base para as rimas que versam sobre mudança de rumo e atitude. Não importa qual o seu vício, problema ou situação…Deus é capaz de alterar sua rota sem destino para uma caminho mais sadio.
“Nem sempre o que eu quero é o que eu preciso”. Cacau do Rap Sensation e Will dividem os vocais de Os dons do Rei. O hino trata da diversidade de dons relatadas nas cartas paulinas que são expressadas no cristão através da operação do Espírito Santo.
Wordz of Antonio é uma vinheta instrumental.
A faixa título traz um arranjo cheio de pressão. O Senhor é a minha bandeira traz uma série de expressões auto indicativas (uma característica sempre presente no gênero hip hop) ao lado de mensagens evangelísticas.
Ton Carfi divide os vocais de Nada vai me separar que registra no formato hip hop o tema de Romanos 8:35. Com certeza uma das melhores.
“E quando as lutas se apressarem em vir contra mim, seu que posso confiar em alguém até o fim, pois as lutas são momentos pra eu batalhar e que elas servirão pra me edificar”. Hoje sou forte traz uma pegada r & b. Vem recheado de frases e expressões de confiança e esperança. Conta também com a participação vocal de Solange Gomes
Deus é mais traz a participação de Fábio Nazareth. A letra disserta sobre o tema: “Não importa a aparência das circunstancias ao seu redor… Deus está no controle”.
“Em Jerusalém existe um túmulo vazio”. Fogo no paviu traz o rapper arriscando versos em inglês. “Tudo que tem fôlego e respira Ele fez”.
A faixa do álbum que mais me tocou foi Jogador. A letra, que versa sobre a Lei da Semeadura descrita pelo apóstolo Paulo em Gálatas 6, é muito boa e conta com a participação de Zeider nos versos que são confrontantes e reflexivos.
Fábio Nazareth e Eliabe dividem os vocais de Vida Nova que traz no arranjo pitadas da sonoridade do oriente médio, tanto no vocal, quanto no instrumental.
Pra quem pudesse pensar que Lito não teria fôlego suficiente pra um disco de hip hop com 17 faixas, vai se surpreender com a última faixa do repertório.
Carmim vem com um arranjo denso e intervenções vocais de Fabi Nazareth e Sérgio Saas. O hino que traz versos que exaltam a obra de Cristo na Cruz e fecha o álbum com chave de ouro. Antes do final propriamente dito temos ainda uma pregação do pastor Joilson Félix.
Recentemente Lito participou da coletânea lançado pelo pregador Luo (7T SP) numa canção em parceria com Luciano Claw denominada Milagres acontecem. Muito boa também.
Fonte: Super Gospel