O grupo de hackers conhecido como Anonymous ganhou espaço na mídia depois dos ataques feitos contra empresas e governos em protesto contra leis que poderiam controlar o conteúdo da internet. Essa semana o grupo direcionou seus protestos contra a Igreja Católica, em um ataque que tirou o site do Vaticano do ar.
Logo após o site do Vaticano ficar indisponível, o grupo reivindicou o ataque, afirmando que é um protesto contra a Igreja Católica por causa das doutrinas adotadas pela instituição religiosa.
“Hoje, o Anonymous decidiu colocar sob ataque vosso site em resposta à doutrina, à liturgia e aos preceitos absurdos e anacrônicos que a vossa organização, com o objetivo de lucro, propaga e difunde no mundo”, afirmou o grupo em um comunicado, acusando a igreja de usar a fé para obter lucros.
O Anonymous também acusa a Igreja Católica de ter “negado teorias universais aceitas como válidas ou plausíveis” e de ser “responsável pela escravidão de populações inteiras, usando como pretexto a missão de evangelização”. De acordo com a agência ANSA, o grupo criticou também os casos de pedofilia envolvendo padres e classificou como retrógrada a posição do Vaticano contra o aborto e contra o uso do preservativo.
O grupo criticou ainda a tolerância do governo italiano com a igreja afirmando: “Vocês têm imóveis e atividades comerciais no valor de bilhões de euros, sobre os quais têm fortes isenções fiscais”. E afirmou: “Esperamos vivamente que o Tratado de Latrão (acordo diplomático entre a Itália e a Santa Sé) termine num futuro próximo e que seja relegado ao que é, uma relíquia dos tempos que se foram”.
Em seu comunicado, o grupo hacker enfatizou que o ataque “não é contra a religião ou contra os fiéis em todo o mundo, mas contra a corrupta Igreja Romana Apostólica”.
Fonte: Gospel+