Um achado arqueológico está abalando o mundo científico, ao menos no notante à relação entre ciência e fé, especialmente no que compete à veracidade dos relatos bíblicos sobre a história de Jerusalém.
Se trata da afirmação feita por arqueólogos de que foi encontrado o local exato onde a Babilônia cercou a cidade de Jerusalém, por volta do século VI antes de Cristo (a.C), conforme descrito no livro de 2 Reis, no capítulo 25.
“E sucedeu que, no nono ano do seu reinado, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acampou contra ela, e levantaram contra ela trincheiras em redor”, diz a passagem bíblica.
A pesquisa foi conduzida por arqueólogos da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, na região do Monte Sião, em Jerusalém. No local eles encontraram pontas de flecha, madeira carbonizada, bronze, ferro, jóias e cerâmica quebrada e outros artefatos datados da época correspondente ao período bíblico.
Segundo o arqueólogo Shimon Gibson, principal responsável pela condução da pesquisa, os achados podem ser restos dos destroços resultantes do ataque babilônico à Jerusalém, o qual destruiu o Templo de Salomão.
“O que estamos descobrindo são os resultados dessa destruição”, disse elem ressaltando em seguida que durante dezenas de anos muitos duvidaram da veracidade histórica dos relatos bíblicos com relação aos fatos narrados entre os hebreus e babilônicos, mas que com essa descoberta, essa dúvida não existe mais.
“Tem havido ao longo das últimas décadas muita discussão quanto à veracidade do relato bíblico. Alguns gostariam de vê-lo mais como base mítica, talvez tendo uma base na história, mas ainda em grande parte um documento que não é realmente para ser invocado”, disse Dr. Gibson, mas concluindo: “Nossas escavações provam que não é o caso”.
Além do Dr. Gobson, fazem parte da pesquisa o Dr. James Tabor, Professor de Judaísmo Antigo e Cristianismo Primitivo no Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina, e o Dr. Rafi Lewis, que é co-diretor residente do projeto em Jerusalém, Israel, segundo informações da UNC Charlote.