Na foto, o Kaká do Brasil briga pela bola com o Javier Mascherano da Argentina, durante a Copa do Mundo em 2010. Ricardo Ximenes, o diretor do Atletas de Cristo, falou sobre as oportunidades que os atletas encontram para trazer as pessoas para Cristo, normalmente através do ‘testemunho’ dos atletas brasileiros cristãos.
O diretor disse que em vários grupos locais, presentes em todo o Brasil e fora do Brasil, os atletas se reúnem, tanto aqueles com alto rendimento quanto os amadores, trabalhando a conduta cristã e como podem ganhar pessoas através de testemunhos.
Ele disse que ele dá sugestões “de comportamento para aqueles que possuem a oportunidade de proclamação do reino.”
Um grande exemplo que Ricardo expõe é o jogador Kaká, dizendo que um grupo de jogadores no Emirados Árabes recebeu a visita de um palestrante “para falar aos garotos, e que toda a palestra foi sobre a vida do jogador Kaká como exemplo de vida.” Ele comentou que o testemunho pode ser dentro ou fora do meio desportivo.
“Trabalhamos a conduta não só dentro da quadra ou tatame, mas também fora dele, mas não temos o controle disso, nem tudo vira regra, nós damos instruções.”
Quais são as oportunidades para evangelizar?
A primeira, explicou ele, é o testemunho que pode ser dado onde quer que seja, num treinamento ou num jogo.
A segunda, “são os encontros em que os atletas promovem no meio de reunião deles, então ai eles podem orar, cantar … [o que faça parte de sua religião].”
E finalmente, a terceira, “no alto nível do esporte, [eles] têm a oportunidade da mídia, para justamente em qualquer ‘deixa’ eles também consigam levar toda a gratidão ao que lhes deu fôlego… [falando de Deus].”
Falando dos testemunhos presenciados, Ricardo contou que conheceu um atleta de Minas Gerais, jogador profissional de futebol, que se converteu através do testemunho dado por outro jogador, “apenas pelo seu comportamento.”
“Aquilo teve um impacto muito grande nesse atleta de Minas,” disse ele.
“O atual presidente da Organização, Paulo Sérgio, foi convertido pelo Odair Patriarca, que através dele ele aceitou a Jesus,” expôs ele como outro exemplo.
Ricardo espera que outros atletas possam ser atletas de Cristo, e que eles possam ter um papel na proclamação da palavra de Deus.
“Nós contamos com a participação do atleta, independentemente do seu grau, … que ele possa ser um atleta de Cristo, e levar a palavra de Deus no meio onde ele vive ou pratica o esporte,” finalizou ele.
Os principais expoentes dos Atletas de Cristo estão em Santa Catarina
A sede do movimento Atletas de Cristo (ADC) fica em São Paulo, mas seus principais expoentes estão em Santa Catarina. A organização tem milhares de adeptos espalhados pelo mundo e já foi presidida por Jorginho, novo técnico do Figueirense, na época em que Silas, comandante do Avaí, era o vice. Müller, treinador do Imbituba, também é uma das referências do grupo.
A organização não é uma igreja ou uma religião. Trata-se de uma associação formada por atletas ou ex-atletas — não necessariamente jogadores de futebol — que seguem a “palavra de Deus”. Isso também não significa que os treinadores que a integram tenham o mesmo método de trabalho ou que misturem isso com a parte profissional, levando as orações ou a Bíblia para dentro dos vestiários.
Eles apenas seguem uma mesma missão e acabam se tornando exemplos pela conduta demonstrada dentro do clube, mas também fora dele.
— Temos que dar exemplo de vida, de honestidade, de família. Não sou treinador-empresário, não tenho acordos. São exemplos que damos no dia a dia — destacou o técnico Silas.
Apesar de ser conhecido pelo lado religioso, ele garante que isso nunca interfere no dia a dia do vestiário.
— Um coisa é separada da outra. Trabalho é trabalho, a fé de cada um é a fé de cada um — afirmou.
Ao lado de Jorginho, com quem mantém amizade de longa data, Silas esteve à frente da diretoria do Atletas de Cristo. A dupla acabou se tornando referência de comportamento para os mais jovens e ainda faz parte do movimento, embora isso não seja obrigatório para que alguém se torne atleta de Cristo.
— Basta aceitar Jesus como referência e seguir os mandamentos da Bíblia — explica o ex-jogador Décio Antônio Corazza, de 49 anos, representante do ADC em Florianópolis.
O ex-atacante que brilhou no Avaí é Atleta de Cristo há 22 anos e comanda as reuniões semanais em sua casa. Participam atletas profissionais e muitos meninos de categorias de base.
— Ensinamos a palavra de Deus e seguimos o que a Bíblia diz — explicou.
O que eles dizem
Jorginho, técnico do Figueirense
“Quero deixar bem claro que fui contratado como treinador de futebol para o Figueirense, independentemente da religião. Só peço respeito e que me encarem como profissional.”
Müller, pastor e técnico do Imbituba
“Na hora do futebol é só o futebol e nada de religião, assim não tem como dar confusão entre uma coisa e outra.”
Silas, técnico do Avaí
“Temos que dar exemplo de vida e de conduta no dia a dia, mas sempre separar. Trabalho é trabalho.”
Johhny Monteiro, pastor
“Ser atleta de Cristo não é uma religião, é ter Cristo no centro da vida e conhecer e passar os valores que a Bíblia mostra abundantemente.”
Fonte: Gospel+
Com informações de Christian Post e Diário Catarinense