O ‘Estatuto da Juventude’ era pra ter sido votado durante a noite de terça-feira (4 de outubro), no entanto, a bancada evangélica resolveu se manifestar e pressionou até que os textos fossem alterados e este só foi aprovado na tarde de ontem (5 de outubro), quando a relatora cedeu às reivindicações. O estatuto ainda necessita passar pela aprovação do Senado, para que este se torne lei, segundo informações da coluna do jornalista Reinaldo Azevedo – “Veja”.
A oposição da bancada evangélica se deu devido a parte do texto que abordava os direitos relacionados à igualdade na orientação sexual e da inclusão de assuntos relacionados à sexualidade nos currículos escolares, então a deputada Manuela d’Ávila resolveu acrescentar no texto que a inclusão de tais temáticas sobre sexualidade, deverá respeitar “a diversidade de valores e crenças”.
Referente aos professores e a sua capacitação para abordar questões sobre discriminação de gênero e opção sexual, o texto findou por ficar mais abrangente, pois os mesmos tratarão do assunto de uma forma ampla, falando de todos os tipos de preconceitos. Segundo Manuela, estas alterações não interferem no primeiro texto, pois de qualquer forma garantirá a não discriminação a um jovem por sua orientação sexual.
Em sua coluna, Reinaldo Azevedo, astuciosamente relata: “Caramba! Não fosse a bancada evangélica, e a “diversidade de valores e crenças” não estaria devidamente assegurada. Não é mesmo fenomenal? Atenção! A heterossexualidade, condição, estima-se, de pelo menos 90% dos estudantes, passou a ser uma espécie de exceção protegida em lei. Chegamos lá! (…). Segundo entendi, ninguém será discriminado por ser heterossexual. Que bom! Não pensem que a coisa pára aí, não! Uma estrovenga como essa supõe a criação de um comissariado mesmo (…).”
Fonte: Gospel+