CUIABÁ – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional Oeste 2, lançou a campanha de coleta de assinaturas de apoio ao Projeto de Lei 9.840, de iniciativa popular, propondo alterar a Lei de Inelegibilidade. O objetivo é não permitir que pessoas com condenação em primeira instância por crimes graves ou, no caso dos detentores de foro privilegiado, com denúncia recebida por um tribunal e os que tenham renunciado para fugir de cassações possam se candidatar a cargos eletivos.
O lançamento ocorreu no domingo, 24, no encerramento da Assembléia Regional de Pastoral, que reuniu bispos católicos das dez dioceses do Estado do Mato Grosso nesta capital. A pastora Ramona Weisheimer, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), seccional Mato Grosso, participou do ato de apoio ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que já coletou mais 110 mil assinaturas em todo o país. Para que o projeto seja enviado à Câmara dos Deputados é necessário alcançar 1,3 milhão de adesões, equivalente a 1% do eleitorado brasileiro.
A CNBB é uma das 37 entidades que integram o MCCE. Ela divulgou seu apoio ao Projeto de Lei 9840 durante a 46ª Assembléia Geral do organismo, reunida em maio, em Itaici, São Paulo. Segundo os organizadores, a Campanha Ficha Limpa, que já conta com 200 Comitês espalhados pelos Estados da Federação, será intensificada especialmente na Semana da Pátria, de 1 a 7 de setembro.
Para participar da campanha, cidadãos e entidades podem ter acesso ao Projeto de Lei pela internet (www.lei9840.org.br/iniciativapopular.htm), imprimir folhas de coleta de assinaturas. No site também consta o endereço para o qual devem ser remetidas as páginas assinadas.
Os bispos católicos matogrossenses divulgaram mensagem às comunidades católicas destacando prioridades e metas pastorais, como a parceria com entidades a favor do meio ambiente. Eles lembraram à sociedade que o voto é uma decisão consciente e cidadã, e conclamaram os eleitores a exercerem esse direito para melhorar as condições do município.
Fonte: ALC