A Igreja, seguida das Forças Armadas e da Imprensa, é a instituição em que o brasileiro mais confia, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)/Sensus, divulgada na terça-feira, 10. A Igreja obteve 37,2% das respostas, as Forças Armadas 16,5% e a Imprensa 11,2%.
A confiança na Igreja cresceu, inclusive, nos últimos seis meses. Pesquisa anterior, de julho de 2006, também tinha a instituição no topo da lista, mas com 34,8%. Brasileiros confiam mais na imprensa do que na Justiça, que aparece com 9,5% das indicações, no Governo Federal (5,0%) e no Congresso Nacional, que conta com minguado 1,1%.
A pesquisa CNT/Sensus, na sua 88a edição, ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios, de 24 Estados nas cinco regiões do país, entre os dias 2 a 6 de abril. Para brasileiros e brasileiras, o principal problema do Brasil que deveria ser resolvido pelo presidente da República é a geração de emprego e renda, com 26,3% das opiniões, seguida da saúde pública, com 25,7%, a segurança pública, com 18,2%, e a educação pública (16,7%).
Para 90,9% dos entrevistados, a violência no Brasil aumentou nos últimos anos, problema que tem sua principal causa na pobreza (24,1%), na Justiça falha (19,1%), no tráfico de drogas (19%) e nas leis brandas (15%). O principal ator para coibir a violência urbana é o Governo Federal, de acordo com a opinião de 19,9% dos entrevistados.
O governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva teve avaliação positiva de 49,5% e negativa de 14,6% dos entrevistados, variando de ótimo (11,7%) e bom (37,8%), a regular (34,3%), ruim (7%) e péssimo (7,6%). A expectativa para 54,8% dos brasileiros é que o governo Lula vai ser melhor nos próximos quatro anos, enquanto 19,6% acham que será pior.
Os programas sociais do governo Lula são positivos para o país segundo a opinião de 56,7% dos entrevistados, porque eles ajudam a população carente, enquanto 23,2% os classificaram de negativos, pois não resolvem os problemas sociais.
Quase a metade (49%) dos brasileiros e brasileiras ouvidos na pesquisa é a favor da pena de morte e 46% se declararam contrários à adoção dessa medida no Brasil. O quadro se inverteu em comparação com a pesquisa de meio ano atrás, quando 49,7% eram contra e 46,7% a favor da pena de morte.
Os Estados Unidos (com 25,5%) são, segundo os brasileiros, os principais responsáveis pelo aquecimento global, vindo depois, nesta ordem, o Brasil (5,8%), a China (3,2%) e o Japão (1,4%). O tema vem sendo acompanhado com grande interesse por 47,6% da população, enquanto 3,4% demonstraram nenhum interesse pelo assunto.
A pesquisa também levantou que 91,4% do universo pesquisado entendem que existe racismo no Brasil, e que 14,4% dos entrevistados já se sentiu discriminado por causa da sua condição social, índice que cai para 6,6% por causa da cor, 4,2% pela confissão religiosa e 8,8% devido à idade.
Fonte: ALC