Nos últimos três meses o governo da China expulsou e deportou mais de 100 missionários cristãos, em uma operação silenciosa, especialmente vindos de países como os Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul, Cingapura, Austrália e Israel. Trata-se mais ostensiva ação do gênero desde 1954.
De acordo com a Associação Cristã de Ajuda à China, a campanha tem como objetivo retirar todos os estrangeiros cristãos que estejam no país até a Olimpíada de 2008, para evitar uma ação evangelística em massa.
As expulsões têm ocorrido principalmente em Beijing, Xinjiang, Tibet e Shandong. Só em Xinjiang, mais de 60 trabalhadores cristãos – dentre professores de inglês, homens de negócios e funcionários de organizações humanitárias – foram expulsos, alguns deles já viviam na região há pelo menos 15 anos.
Cerca de 15 casais cristãos vindos dos Estados Unidos foram obrigados a deixarem o país no mês de maio.
No dia 31 de maio, em Linyi (Shandong), um cidadão israelense e outro norte-americano foram presos durante uma reunião de oração com 70 líderes de igrejas domésticas.
Sem contato com a Embaixada
Em Beijing, no dia 1 de julho, três cristãos dos Estados Unidos foram presos e obrigados a deixarem o país sem ao menos poder entrar em contato com a Embaixada norte-americana na China.
O ministro chinês de Relações Exteriores não quis comentar o assunto. Susan Stevenson, porta-voz da Embaixada norte-americana, admitiu a ocorrência de algumas deportações, sem dar mais detalhes.
Ação missionária na Olimpíada de Pequim
Grupos cristãos ao redor do mundo têm divulgado que planejam enviar milhares de voluntários para evangelizar a China durante a Olimpíada de Pequim (Beijing), em uma ação inédita. Algo semelhante aconteceu na Olimpíada de Atenas, Sidney e Atlanta.
O governo chinês controla a religião e exige que qualquer atividade seja vinculada às organizações oficiais religiosas, submetidas ao partido comunista. Todo o tipo de atividade religiosa autônoma é punida com prisão.
Fonte: Portas Abertas