O ateu Christopher Hitchens fez uma homenagem à Bíblia King James, oferecendo raros elogios a um livro que contém a Palavra de Deus.
Hitchens é o segundo ateu, depois de Richard Dawkins, a enaltecer a Bíblia King James em homenagem aos 400 º aniversário da tradução.
O ateu proeminente reconheceu e expressou sua apreciação pela contribuição à literatura Inglesa.
“Ainda às vezes eu relute em admití-la, há realmente algo “atemporal” na síntese Tyndale / King James,” disse Hitchens em seu comentário destacado na revista Vanity Fair. “Por gerações, essa versão proporcionou uma fonte comum de referências e alusões, somente rivalizada por Shakespeare, a este respeito.”
“Ressoou na mente e memórias de pessoas alfabetizadas, bem como de quem aprendeu apenas ouvindo.”
O autor Inglês-americano de 61 anos de idade é um ateu convicto que muitas vezes debate com os Cristãos sobre a existência de Deus. Ele argumenta que “a religião envenena tudo” em seu livro “God is not Great” (Deus não é grande) e tem repetidamente afirmado que não se converteria mesmo no leito de morte. Hitchens está atualmente lutando contra um câncer de esôfago estágio 4.
Ainda assim, ele se enterneceu quando honrou a Bíblia King James, que foi publicada pela primeira vez em 1611.
Mas o autor do best-seller foi além ao criticar as outras traduções da Bíblia e as tentativas em curso para atualizá-la.
Oferecendo uma comparação, Hitchens citou uma passagem do livro do Novo Testamento de Filipenses, que ele leu no funeral de seu pai:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisto pensai.” (Versão do King James)
A mesma passagem na Versão do Inglês Contemporâneo: “Finalmente, meus amigos, mantenha sua mente no que é verdadeiro, puro, certo, santo, amigável e adequado. Nunca pare de pensar sobre o que é verdadeiramente excelente e digno de louvor.”
Hitchens chamou a versão contemporânea “panqueca plana” e mais adequada para “uma reunião de porão do AA.”
“Estas palavras não podiam esperar para penetrar na neblina, entorpecida resistente na mente de um garoto de 16 anos, como seu original penetrou em mim,” disse ele em seu comentário.
Ele também rejeitou a linguagem de gênero neutro da substituição de “irmãos” com “meus amigos,” chamando-a de “reverência pouco insinuante.”
“Ao sugerir que São Paulo, de todas as pessoas, foi o gênero neutro ao reescrever a história, assim ao lavar a prosa,” observou Hitchens.
O debate sobre o uso da linguagem de gênero neutro foi revivido entre os Cristãos com o recente lançamento da atualização da Nova Versão Internacional. A primeira atualização para o NVI popular em 25 anos, a versão atualizada, divulgada no mês passado, inclui generos singulares e plurais inespecíficos como “essa pessoa” e “eles” no lugar de singulares masculinos, como “dele” ou “ele.”
Em meio a numerosas traduções da Bíblia e Escritura personalizada, Hitchens lamentou o eclipse gradual da Bíblia King James.
“A cultura que não possui esta reserva comum de imagem e da alegoria será uma perigosamente minguada. Buscar incansavelmente atualizá-la ou torná-la “relevante” é perder o foco, como almejar por um Shakespeare de hip-hop,” escreveu. “‘O homem nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima,” diz o livro de Jó. Quer tentar melhorar isso para o Twitter?”
No final, nota de louvor de Hitchens para a Bíblia King James foi breve e terminou com sua crença inabalável de que “a religião é criação do homem, com impressões digitais humanas em todos os seus textos supostamente inspirados e inalteráveís.”
Fonte: Christian Post