Mais um achado arqueológico anunciado recentemente por cientistas pode ser considerado uma evidência histórica de grande importância sobre a veracidade dos relatos do Antigo Testamento, da Bíblia Sagrada, especificamente sobre o rei Ezequias.
A descoberta ocorreu próximo à Cidade Velha de Jerusalém. No local, os pesquisadores encontraram uma espécie de centro de armazenamento, datado de aproximadamente 2.700 anos atrás.
Ao menos 120 alças de jarros foram localizadas, e elas contém a impressão de selos da época [tipo carimbo], os quais apresentam nomes de autoridades da época e a sigla “LMLK” – que significa “pertencente ao rei”.
Com base no tipo de artefato, localização e datação dos mesmos, os cientistas acreditam que eles apontam para a época do rei Ezequias, assim como Manassés.
“O sítio é datado de um período documentado na Bíblia por conflitos como os da campanha de conquista assíria, sob o comando do rei Senaqueribe nos dias do rei Ezequias”, disseram Neria Sapir e Nathan Ben-Ari, diretores das escavações em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel.
“Pode ser que as disposições econômicas do governo indicadas pelos selos estejam relacionadas a esses eventos. No entanto, a escavação revelou que o local continuava ativo após a conquista assíria. Além disso, a variedade de selos estampados indicava que o sistema de tributação permaneceu ininterrupto durante esse período”, completaram.
Outras evidências apontadas pelos cientistas como indícios de que os artefatos se tratam realmente do período bíblico do Antigo Testamento, são os tipos de figuras localizadas nos vasos, associadas aos cultos pagãos da época, os mesmos citados pelas Escrituras Sagradas.
“Algumas das figuras são desenhadas na forma de mulheres, cavaleiros ou animais. Essas figuras são geralmente interpretadas como objetos usados no culto pagão e na idolatria – um fenômeno que, segundo a Bíblia, era predominante no reino de Judá”, disseram Sapir e Ben-Air, segundo informações da CBN News.