Um dos milagres mais emblemáticos registrados na Bíblia sagrada é o milagre da multiplicação dos peixes e pães, feito por Jesus Cristo. Agora, um grupo de cientistas está oferecendo uma explicação científica como possibilidade compreensão sobre o fenômeno.
Jesus estava com os seus discípulos, na Galileia, quando foram seguidos por uma multidão. Tarde do dia, eles viram que não poderiam despedir o público sem alimentá-los.
“E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde”, diz a passagem bíblica.
“E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos. E todos comeram, e ficaram fartos. E levantaram doze alcofas cheias de pedaços de pão e de peixe. E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens”, completa a passagem de Marcos 6, do verso 38 ao 44.
De acordo com o estudo publicado no diretório científico Water Resources Research pelos cientistas Yael Amitai e Ehud Strobach, de Israel, o milagre da multiplicação dos peixes talvez possa ser explicado devido à existência de um fenômeno natural conhecido como “matança de peixes”.
“O Mar da Galileia é um lago estratificado. A camada superior é quente e oxigenada, enquanto a camada inferior é fria e carece de oxigênio”, explicou Yael. “Quando um forte vento de oeste sopra, empurra a camada superior mais quente de água do lago – a oeste para leste, onde se acumula, pressionando a água existente.”
Com isso, segundo o pesquisador, “no oeste do lago, a água da camada inferior sobe. Desta forma, são criadas flutuações denominadas ondas internas no perfil de água”, que possuem pouca oxigenação. Como resultado, os peixes acabam morrendo e flutuam na superfície.
A tese dos cientistas, portando, é de que Jesus e seus discípulos teriam pego os peixes que foram vítimas desse fenômeno. A Bíblia, contudo, não oferece qualquer elemento indicativo neste sentido, sendo esta uma cogitação específica dos pesquisadores. Com informações: The Times of Israel.