O surgimento de perfis de humor “evangélicos” nas redes sociais é visto por muitos como ofensa e escárnio, enquanto que milhares de pessoas aderem à moda e passam a seguir os humoristas.
O colunista do Gospel+, Paulo Teixeira, criticou a forma como os perfis de humor se referem aos evangélicos e seus hábitos: “Mesclando assuntos cristãos com teores perniciosos, ora sutis, ora explícitos, os ‘humoristas da fé’ vão ganhando espaço na Web dia após dia”, observa.
O surgimento da dupla “Para nossa alegria”, formada pelos irmãos Jefferson e Suellen, que se tornaram famosos após a divulgação de um vídeo interpretando a canção “Galhos Secos”, da banda Exodus, também foi abordada pelo colunista:
-O achincalhe é crescente. Até o abençoado hino ‘Galhos Secos’ deixou de ser louvor a Deus para agora fazer parte dessa onda vilipendiosa. O louvor, quando entoado a partir de agora, fará muitos lembrar da dupla de irmãos que ficou famosa pela brincadeira, do que atribuir a Deus o verdadeiro louvor. Triste! – lamentou Teixeira.
Citando os dois principais expoentes desse tipo de humor, a “blogueira evangélica Cleycianne” e a “Irmã Zuleide”, Teixeira afirma que esses perfis fazem piadas de duplo sentido, muitas vezes com sátiras ao mundo evangélico e com conteúdo de duplo sentido.
Da “Irmã Zuleide”, Teixeira cita algumas piadas:
“Na entrevista de emprego a moça perguntou se eu sabia outras línguas, eu disse que sabia orar em línguas, não entendi pq fui desclassificada”;
“Jesus nunca teve dengue, todos os mosquitos morriam porque o sangue de Jesus tem poder’;
“A justiça de Deus é mais justa do que calça de piriguete!”;
“Eu odeio Funk porque ele te faz abrir as pernas, o gospel te faz abrir o coração!”;
“Dançando forró gospel na cara de satanás! Aleluia!”;
“Tava no supermercado e o caixa preferencial achou que eu tava grávida, é satanás querendo que eu pareça prenha. Tá amarrado!”
Sobre a “blogueira evangélica Cleycianne”, o colunista afirma que suas piadas abordam “de maneira zombeteira alguns assuntos com viés cristão, e por vezes, com pesado enfoque erótico ou homossexual”, e menciona a informação sobre a personagem criada por um blogueiro: “Certa vez o dono do blog disse que se ‘acaba de rir’ devido aos muitos comentários escritos por internautas que acreditam piamente que Cleycianne realmente exista. Faz questão de externar sua zombaria à ‘crentaiada‘ desavisada”.
Confira a íntegra do artigo de Paulo Teixeira, neste link.
Fonte: Gospel+