O norte-coreano Jong-Cheol (esse não é seu nome verdadeiro) cresceu sem seu pai, que morreu jovem. Quando era pequeno, a avó lhe contava histórias bíblicas. Como muitas crianças que vivem na Coréia do Norte, assolada pela fome, depois de certa idade, ele começou a perambular pelo país à procura de comida até que um dia cruzou a fronteira com a China.
Na China, o menino foi recolhido por um missionário chinês. Foi ali que ele conheceu Jesus e o aceitou como seu salvador pessoal. Naquele momento entendeu que sua mãe e sua avó também eram cristãs.
Certo dia, Jong-Cheol foi capturado com outras crianças. A polícia chinesa os prendeu e eles foram deportados para a Coréia do Norte, fato que ocorre com milhares de crianças e adultos todos os anos (e que é o motivo do protesto internacional).
De volta à Coréia do Norte, as crianças eram interrogadas diariamente, às vezes com uso de violência. Uma das crianças não resistiu e contou que Jong-Cheol era cristão. O menino foi executado por recusar-se a negar Jesus.
Protesto Internacional
Como resposta ao tratamento que os refugiados norte-coreanos recebem na China, a Coligalição de Liberdade da Coréia do Norte – a qual a Portas Abertas faz parte – planeja um “Protesto Internacional Contra o Tratamento Violento Dispensado aos Refugiados Norte-Coreanos na China”.
Entre hoje e amanhã, dia 1º de dezembro, manifestações, entrega de petições e vigílias de oração serão feitas em frente aos consulados e embaixadas chinesas em cidades ao redor do mundo. No Brasil a mobilização ocorre no sábado das 9h30 ao meio-dia em frente à Embaixada e representações diplomáticas da China.
“As manifestações são uma forma de pressionar o governo chinês a cumprir suas obrigações segundo o Protocolo de 1967, Relativo ao Estatuto dos Refugiados, da ONU”, declara Lindsay Vessey, coordenadora da área de ativismo da missão Portas Abertas nos Estados Unidos.
“De acordo com essa convenção, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) deveria ter acesso aos refugiados norte-coreanos que se encontram na China – estima-se que existam entre 100.000 a 300.000 – e poder protegê-los e ajudá-los a encontrar asilo em outros países como os EUA e a Coréia do Sul”.
Porém, a China manda os refugiados de volta à Coréia do Norte, onde eles enfrentam uma punição terrível; morte, como foi o caso de Jong-Cheol ou prisão por um longo período de tempo.
“O governo chinês precisa saber que os cristãos ao redor do mundo estão a par e se importam com essa flagrante violação dos direitos humanos e que estaremos comprometidos em continuar orando e ajudando os refugiados, muitos dos quais cristãos”, explica ela.
Não esqueça, o protesto no Brasil começa às 9h30 deste sábado e termina ao meio-dia nas representações diplomáticas chinesas de duas cidades:
Rio de Janeiro
Consulado Geral da República Popular da China
Fax (0–21) 2551-5736
E-mail: [email protected]
Rua Muniz Barreto, 715, Botafogo,
Rio de Janeiro – RJ
São Paulo
Consulado Geral da República Popular da China
Fax (0–11) 3062-4396
E-mail: [email protected]
Rua Estados Unidos, 1071, Jardim América,
São Paulo – SP
As pessoas que moram em outras cidades podem participar enviando um fax ou e-mail para:
Brasília – Embaixada da República Popular da China
Fax: (0–61) 346-3299
E-mail: [email protected]
Por favor, para que possamos quantificar o número de protestos, envie uma cópia da sua manifestação escrita para o email: [email protected]
A Coligação de Liberdade da Coréia do Norte reúne organizações não governamentais, de direitos humanos e religiosas americanas e coreanas, cujo principal objetivo é levar liberdade ao povo da Coréia do Norte e assegurar que os direitos humanos e a política mundial com relação à Coréia do Norte recebam atenção prioritária. Para conhecer o site (em inglês) da coligação, clique: http://www.nkfreedom.org
Saiba mais sobre a situação deste país lendo o livro “Fuga da Coréia do Norte”, de Paul Estabrooks, que acaba de ser lançado pela Portas Abertas.