O seqüestrador se entregou às autoridades italianas após libertar todos os passageiros sem que nenhum sofresse danos, segundo confirmou o diretor-geral de Aviação da Turquia, Temel Kotil.
O governador da província de Istambul, Muammer Güle, identificou o seqüestrador do avião como Hasan Ekinci, mesma pessoa, segundo a “NTV”, que enviou uma carta ao Papa pedindo ajuda para não fazer o serviço militar.
A emissora divulgou o conteúdo dessa carta, que Ekinci, que se declara cristão e pacifista, enviou em agosto passado ao Papa Bento XVI.
Se essa versão for confirmada, desmentirá a informação transmitida anteriormente por outros veículos de comunicação turcos, segundo a qual o seqüestro da aeronave teria sido em protesto contra a visita que o Papa Bento XVI fará à Turquia.
Além disso, os mesmos veículos haviam falado em dois seqüestradores, quando, agora, parece haver apenas um.
Na carta escrita por Ekinci, este diz ao Pontífice que “freqüenta uma igreja desde 1998 (supostamente como converso ao cristianismo) e que, como um bom cristão, não tem desejo de servir a um Exército muçulmano”, indica a emissora.
Ekinci disse em sua carta que viveu em um campo de refugiados do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (Acnur) em um país amigo da Turquia que deseja entregá-lo às autoridades turcas, acrescenta a “NTV”.
Segundo o canal, a Polícia militar turca o esperava no aeroporto de Istambul para levá-lo imediatamente para prestar o serviço militar, e, por isso, decidiu seqüestrar a aeronave que partira de Tirana, capital da Albânia.
A “NTV” informou ainda que alguns passageiros conseguiram falar por telefone com seus parentes, o que foi permitido pelo seqüestrador, como confirmou o albanês Elban Hoxa, entrevistado pelo canal após conseguir falar com sua mãe, que estava no avião.
“Parece que o seqüestro tem a ver com o Papa Bento XVI”, disse Hoxa, em declarações que fizeram correr o rumor de que a medida de força tinha relação com as polêmicas declarações do Papa.
Fonte: Último Segundo