Um possível ataque turco ao norte do Iraque teria como principais vítimas os cristãos iraquianos, assinalou o Bispo católico caldeu Mer Patros. O Bispo assinalou que dos “pouco de 600 mil cristãos” que ainda permanecem no Iraque, 250 mil vivem no Curdistão.
Ao longo das últimas semanas, a Turquia ameaçou intervir militarmente no Norte do Iraque para desalojar os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que se entrincheiraram na região e se servem dela como base de retaguarda para as suas operações no Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda.
Segundo D. Patros, os cristãos iraquianos, reduzidos a menos da metade nos últimos anos, “temem mais do que ninguém um ataque turco no Curdistão porque já não resta para onde ir, depois de se terem exilado uma, duas e até três vezes, fugindo da violência”.
“Os cristãos são objecto de uma autêntica perseguição no Iraque e só aqui, no Curdistão, encontramos a paz graças à tolerância do governo autónomo curdo”, relata.
Fonte: Agência Ecclesia