A Constituição Federal de 1988 prega a liberdade e igualdade, porém, em muitos casos isso não acontece. A lei também, prevê a obrigatoriedade dos governos federal, estadual e municipal oferecer assistência a saúde a portadores de necessidades especiais de todos os níveis, a exemplo do deficiente visual. Com isso o parlamentar Dilceu Dal'Bosco (DEM) encaminhou um projeto de lei que determina a existência de bíblia sagrada em braile, nas bibliotecas públicas de Mato Grosso.
Segundo o proponente do projeto, o livro sagrado a bíblia, deverá ficar em locais de fácil acesso e adaptados para leitura, aos portadores de deficiência visual. Porque não disponibilizar um livro de extrema relevância para a vida e alma do ser humano. O deficiente, muitas vezes deixa de conhecer a palavra de Deus por não ter quem possa ler para ele, justificou.
Dados do IBGE, há no Brasil 11 milhões de deficientes visuais, dos quais 160 mil possuem cegueira total. A deficiência visual, seja ela cegueira total ou baixa visão, pode afetar a pessoa em qualquer idade. Bebês podem nascer sem visão e outras pessoas podem tornar-se deficientes visuais, em qualquer fase da vida, desde os primeiros dias de vida até a idade avançada.
O método Braille de escrita e leitura foi desenvolvido ante a necessidade de um meio funcional para a educação dos deficientes visuais. Desde a sua criação, em 1829, pelo jovem francês Louis Braille, o sistema em questão aperfeiçoou-se progressivamente e representa, atualmente, o único meio de leitura que, com o tato e uma estrutura organizada de símbolos, habilita o deficiente visual a compreender o mundo.
Dilceu ressalta que este projeto é uma forma de para colaborar com a democratização do conhecimento, trazendo à comunidade dos deficientes visuais um dos livros mais importantes, numa linguagem que eles possam compreender, possibilitando igualdade e participação na vida religiosa da sociedade.
Fonte: Diário da Notícia