Mulheres que frequentam igrejas evangélicas são mais propensas do que os homens a investir em um devocional, de acordo com uma nova pesquisa que analisa a frequência com que os não católicos se envolvem em momentos de silêncio com o Senhor.
A pesquisa, publicada pela Lifeway Research – uma organização que analisa as tendências atuais do ministério da igreja – mostra que 65% dos fiéis protestantes disseram que intencionalmente passam tempo com Deus pelo menos uma vez por dia.
O mesmo levantamento descobriu que 44% disseram que passam tempo com Deus uma vez por dia, enquanto 21% disseram que desfrutam de momentos de silêncio com Deus várias vezes ao dia.
A Lifeway Research conduziu a pesquisa com 1.002 entrevistados, entre 19 a 29 de setembro de 2022, recrutando participantes nos Estados Unidos. Os entrevistados foram selecionados para determinar se frequentam cultos pelo menos uma vez por mês e se identificam como evangélicos de diferentes denominações.
Outros 17% dos frequentadores de cultos dizem que passam um tempo a sós com Deus várias vezes por semana, em vez de uma ou várias vezes ao dia, e 7% dizem que têm um tempo de silêncio com o Senhor uma vez por semana.
De acordo com informações do portal The Christian Post, mulheres e homens têm um comportamento diferente: na pesquisa, 48% das mulheres disseram que o tempo de silêncio com Deus faz parte de seu hábito diário, em comparação com 38% dos homens.
Independentemente da frequência ou do sexo biológico, o devocional (seja em oração ou leitura e meditação na Palavra) é um hábito presente entre os evangélicos norte-americanos: “Vemos um padrão nas Escrituras de seguidores de Deus se retirando para passar um tempo a sós com Ele. O próprio Jesus Cristo também fez isso”, disse Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research.
“A maioria dos frequentadores de igrejas protestantes continua essa interação relacional com Deus e usa uma variedade de recursos como eles fazem”, acrescentou McConnell.
O estudo observou que 85% das pessoas que frequentam os cultos pelo menos quatro vezes por mês são mais propensas a orar com suas próprias palavras do que aquelas que vão com menos frequência (79%).
Entre os que frequentam os cultos entre uma a três vezes por mês (24%) são mais propensos do que aqueles que frequentam com mais frequência (16%) a fazer uma oração padrão.
Além disso, aqueles sem crenças evangélicas (22%) eram mais propensos do que as pessoas que possuem essas crenças (16%) a repetir uma oração padrão, como as rezas no catolicismo, por exemplo.
“Existem muitas razões para fazer uma oração fixa. Quer alguém esteja fazendo a oração modelo que Jesus deu ou repetindo o mesmo pedido a Deus todos os dias, isso pode ser significativo. Ao mesmo tempo, as Escrituras também registram Salmos e orações em seus relatos narrativos que mostram como podemos ser pessoais e diretos ao falar com Deus em nossas próprias palavras”, finalizou McConnell.