O polêmico pastor Terry Jones, junto com o também pastor Wayne Sapp, voltou atrás e queimou uma cópia do Alcorão após julga-lo como culpado por “assassinato, violação e responsabilidade por atividades terroristas”. A atitude de queima-lo foi por diversas vezes adiada devido a um forte pedido da comunidade internacional e grande líderes por temerem mortes e ataques a ocidentais, mas a duas semanas atrás Terry Jones resolveu de repente executar seu plano.
Na última sexta-feira, dia 1 de abril, manifestantes atacaram um dos prédios da ONU no Afeganistão. Protestando contra a atitude do Pastor e gritando palavras de ordem contra os Estados Unidos, invadiram o prédio e assassinaram 9 pessoas, duas decaptadas. Outras 73 ficaram feridas e 17 foram presas. Durante o protesto os manifestantes incendiaram carros e atacaram prédios que sejam ligados ao ocidente ou aos Estados Unidos, como os edifícios da ONU e do governo provincial.
No sábado houve mais protestos: duas mil pessoas foram as ruas e novamente queimaram carros e destruíram vidraças. Mais sete pessoas morreram e outras 46 ficaram feridas. A polícia teve que atirar contra os manifestantes para tentar dispersa-los.
No domingo, terceiro dia de protestos, três pessoas foram mortas, duas eram policiais. Conforme as notícias sobre a queima do Alcorão foram se espalhando, as manifestações se espalharam por todo o Afeganistão. Somando com as mortes ainda não confirmados, o número de vítimas fatais até o domingo chega a 24.
Os protestos deste quarto dia já começaram, ainda não se sabe quando acabarão as manifestações de repúdio a atitude do pastor.
“Não sou culpado”
Os Pastores Terry Jones e Wayne Sapp se pronunciaram oficialmente, afirmando que não se sentem culpados pelas mortes, segundo eles, pelo contrário, os protestos dariam “razão ao argumentos de que existe um ingrediente radical no Islã”. Terry Jones ainda afirmou que não pode ser criticado pois estaria exercendo um direito constitucional dos Estados Unidos.
O pastor também anunciou que irá “julgar” em breve Maomé, principal profeta do Islamismo.
Reprovação
Por todo mundo líderes e anônimos reprovaram a atitude dos pastores de queimar o livro sagrado do Islã. O presidente do Afeganistão Hamid Karzai afirmou que a atitude foi um “crime contra uma religião”.
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, afirmou em comunicado oficial: “A profanação de qualquer livro sagrado, incluindo o Alcorão, é um ato de extrema intolerância e fanatismo”, mas defendeu: “no entanto, atacar e matar pessoas inocentes como resposta é atroz, e uma afronta à decência e à dignidade humanas”.
Fonte: Gospel+