Recentemente, um vídeo postado no Youtube, mostrando Ana Paula Valadão Bessa engatinhando no palco durante uma ministração em Anápolis – Goiás, foi alvo de críticas sobre o Ministério Diante do Trono.
Mesmo passado algum tempo do ocorrido, Ana Paula divulgou agora, no site do Ministério, um comunicado a respeito de sua atuação. O autor do vídeo, também escreveu uma carta pedindo perdão para Ana Paula. Confira abaixo uma parte do comunicado da cantora:
“Queridos irmãos, escrevo estas palavras depois de algum tempo do ocorrido em uma ministração do Diante do Trono em Anápolis, Goiás, onde andei como um leão no palco. Logo após o evento as imagens deste ato foram colocadas na internet e tenho recebido inúmeras palavras de apoio e também de repúdio ao que as pessoas assistem no pequeno vídeo. Somente agora tive paz em meu coração para escrever explicando o que aconteceu, pois temia estar agindo errado ao tentar me defender. Apenas respondi às pessoas que me procuraram pessoalmente ou que escreveram e-mails para o nosso ministério. Mas hoje, depois de algum tempo, decidi trazer um texto a público.
Desejo começar pedindo perdão aos irmãos que se sentiram ofendidos com o que fiz, pois de maneira alguma meu desejo foi esse. Eu acredito e me esforço pela unidade do Corpo de Cristo e anseio por ser sempre uma voz que inspire a comunhão e a união entre os crentes no Senhor Jesus. Jamais faria algo propositadamente que pudesse causar divisão, escândalo, ferindo esta unidade em favor da qual tenho orado e trabalhado.
Dentro do ministério que recebi do Senhor, que é o louvor, acredito que podemos experimentar esta unidade de uma maneira como nenhum outro ministério pode, pois todos os cristãos, independente da sua denominação, podem estar unidos cantando louvores a Jesus e exaltando o Seu santo nome. Portanto, inicio pedindo perdão por ofensas causadas por este ato que fiz e que tenham trazido qualquer divisão em nosso meio.
Agora, se o leitor me permite, gostaria de tentar explicar o que aconteceu. Se serei aceita ou não, depende de quem lê, pois muitas vezes nossos pressupostos teológicos são tão diferentes que nenhuma explicação seria suficiente para que todos concordassem com minha atitude. Mas tentarei ser o mais clara possível em minhas posições.
Quando nos preparávamos para ir a Anápolis, considerada uma das cidades com maior população evangélica do país, passei a buscar do Senhor algo específico que deveria ser ministrado ali.
Procuro em cada evento ter a direção de Deus em meu coração para que não seja apenas um show, mas sim, algo relevante para as pessoas que estarão presentes, alcançando a Igreja e a cidade como um todo. São canções que entronizam Jesus, são orações que acreditamos que podem muito em seus efeitos, tanto na vida das pessoas presentes, como na vida de pessoas distantes, e até mesmo de toda a cidade, que está sendo coberta por nossas intercessões enquanto adoramos e oramos juntos.
Em Anápolis o que me veio ao coração era que a Igreja do Senhor Jesus precisava de encorajamento. Havia depressão, medo, intimidação, angústia e desejo até mesmo de morte no coração de muitos cristãos. Essa impressão foi confirmada por vários testemunhos que recebi antes e depois da ministração.
Realmente o índice de suicídio era altíssimo naquela cidade, e muitos crentes, com histórias terríveis dentro das igrejas evangélicas, passavam por esse tipo de aflição. Havia também a confirmação de que a igreja, muitas vezes misturada ao mundo, precisava ser despertada para ter mais ousadia para pregar o Evangelho, para sair das paredes dos templos e fazer diferença na sociedade. Sei que esta parece uma mensagem que pode ser pregada em qualquer cidade, mas a cada evento tenho buscado algo específico de Deus para Seu povo, e todas as vezes a ênfase é diferente. Ali em Anápolis esta foi a direção, ou seja, uma ministração de força e ânimo para o povo de Deus.
Enquanto eu falava sobre isso naquela noite, um cântico espontâneo veio ao meu coração que dizia: “Como um leão, um cordeiro e um leão”.
Falei sobre como devemos ser fortes no Senhor para resistir o inimigo, suas tentações, suas intimidações. Falei sobre como as portas do inferno não prevalecerão contra uma Igreja ousada, que evangeliza, que é sal desta Terra e luz deste mundo. Falei sobre uma postura de resistência e ousadia ao invés de uma passividade e comodismo em que muitos crentes vivem hoje. Disse que Jesus é o Leão da tribo de Judá, forte, vencedor, e Ele está em nós para nos fortalecer. Também falei que devemos ser como Jesus, o Cordeiro de Deus. Assim como Ele é, devemos ser mansos, humildes, com coração quebrantado diante da vontade do Pai, e mudo perante seus acusadores. Disse essas coisas e celebramos com muita alegria e intensidade esta realidade que vemos em Cristo e que podemos viver em nossas vidas. Estava bem claro diante de nós que o Espírito Santo era quem havia trazido esta mensagem, de maneira tão espontânea, e as pessoas respondiam celebrando conosco e recebendo esta ministração em seus corações.
Foi então que eu, crendo hoje assim como naquele momento, senti em meu coração a direção de me agachar e andar como um leão. Eu antes estava celebrando e pulando bem alto, e sentia uma leveza especial. Mas de repente minhas pernas faltaram com a força e me vi no chão sem conseguir me levantar. Agachar e engatinhar foi um reflexo rápido, e eu, que já estou acostumada a obedecer aos ímpetos que creio que o Espírito Santo me traz, obedeci àquela direção. Enquanto representava um leão ali no palco, eu pensei: “Minha reputação está indo embora. Deus, o que as pessoas vão pensar de mim?”. Mas eu ouvia no mais profundo do meu coração que eu O estava obedecendo e que não era para me preocupar com a opinião das pessoas.
Agi crendo que o Espírito Santo estava me movendo, e obedeci ao que ouvi dentro do meu coração. Assim faço quando preciso escolher um cântico que será entoado em um culto, seja anteriormente enquanto oro e faço a lista de músicas ou seja durante o evento, em momentos em que o plano é mudado e algo espontâneo nasce, ou uma música não planejada encaixa-se perfeitamente no que o Senhor está fazendo naquele instante. Não planejei andar como um leão, mas cri estar agindo, obedecendo a um ímpeto do Espírito Santo em meu coração…”
Para continuar lendo a resposta de Ana Paula e ler a carta do autor do vídeo, acesse: http://www.diantedotrono.com.br
Fonte: Diante do Trono