O empresário Marcelo Malvio Alves de Lima, 36 anos, acusado de dirigir um Porsche a 150 km/h e matar a advogada Carolina Menezes Santos há duas semanas na zona sul de São Paulo, afirma que o acidente foi “uma fatalidade” e que não é bandido. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, Lima disse que avalia se o acidente foi uma simples coincidência ou se as “coisas realmente têm que acontecer”. “A mensagem que eu gostaria de passar é que tudo tem um porquê. A gente tem que aceitar. Aconteceu um acidente, ela faleceu, com certeza isso estava nos planos de Deus”, disse à colunista.
Lima disse à Folha de S.Paulo que o acidente apenas foi notícia por causa da marca do carro, e lamentou seu nome ter virado “dono do Porshe”. “Eu trabalhei, eu ganhei dinheiro, eu compro o que eu quiser. Infelizmente aconteceu essa desgraça”, disse na entrevista, acompanhado da mãe e da irmã. A mãe do empresário, Mavilia, afirmou à jornalista que mandou rezar uma missa de sétimo dia pela vítima e espera que a família da advogada perdoe o seu filho.
O acidente
O acidente ocorreu na madrugada do dia 9 de julho, por volta das 3h. O Porsche, conduzido por Lima, colidiu violentamente com um Tucson no Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo. A advogada baiana Carolina Menezes Santos, 28 anos, trafegava pela rua Bandeira Paulista e, no cruzamento com a Tabapuã, avançou no sinal vermelho. Nesse momento, seu carro foi atingido pelo Porsche, arremessado a mais de 20 m e prensado em um poste. Carolina morreu na hora.
No depoimento à polícia, Lima disse ter acelerado quando estava no semáforo a dois quarteirões dali, porque teve medo de ser assaltado ao ver duas “pessoas estranhas”. Ele contou ter jantado com uma amiga e, após tê-la deixado em casa, causou o acidente.
Fonte: Terra