O site de encontros eHarmony foi processado por não permitir o acesso a pessoas homossexuais. O processo deu entrada num tribunal da Califórnia acusando o site de discriminação sexual.
Por detrás do processo está Linda Carlson, uma mulher lésbica que não conseguiu aceder ao serviço devido aos seus gostos sexuais.
De acordo com a Reuters, os advogados de Linda Carlson defendem que este é o primeiro processo contra o site que tem vindo a ser criticado pela comunidade homossexual que fica de fora e pretendem tornar o caso uma causa gay.
O site eHarmony foi criado em 2000 por Neil Clark Warren, um cristão evangélico que é um acérrimo defensor dos laços familiares e está ligado ao grupo conservador Focus on the Family.
Segundo a Reuters o site tem mais de 12 milhões de utilizadores registados e é um dos mais populares nos EUA, com direito a anúncios televisivos.
A empresa emitiu um comunicado onde nega as acusações de discriminação e cita um estudo desenvolvido pela própria empresa que refere que os resultados do seu trabalho «ao longo dos anos para juntar casais tem como base padrões de personalidade de casamentos heterossexuais de sucesso», mas «nada exclui a possibilidade de criar um serviço para o mesmo sexo no futuro», conclui.
No processo Linda Carlson refere que tentou aceder ao serviço no passado mês de Fevereiro, mas como não conseguiu, decidiu enviar uma carta à empresa dizendo que as suas políticas anti-gay eram discriminatórias à luz das leis dos estado da Califórnia.
Como não obteve resposta optou por processar o site afirmando que «tal discriminação magoa e é desapontante para um negócio aberto ao público».
Os advogados de Linda Carlson esperam que um número significativo de membros da comunidade gay e lésbica se junto ao caso para levar o eHarmony a terminar com a sua política de negação do serviço com base na orientação sexual do utilizador.
Fonte: Sapo.pt