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Há 29 anos, praticamente os jornais de todo o mundo traziam a mesma notícia estampada em suas capas: “O Rei morreu”.
Tudo porque, no dia 16 de agosto de 1977, o rapaz nascido Elvis Aaron Presley, mas que ficou mundialmente conhecido como Elvis Presley, deixou o mundo dos mortais para integrar a seleta casta dos deuses e ídolos.
Vítima de um ataque cardíaco (provocado pelo consumo excessivo de remédios, como morfina, valium e valmid), Elvis morreu no banheiro de sua casa, a mansão Graceland (em Memphis, Estado do Tennessee) — reflexos de uma carreira que, no final, dividia-se com a freqüente ida do ídolo a hospitais. Hoje, Graceland abriga seu túmulo e suas histórias.
In loco
Fã de Elvis (“e de todas as fases, até a mais Las Vegas, com ele gordo, que muita gente não curte”), o estudante de tradução Paulo Ricardo Pereira e Alves, 22, ficou um mês nos Estados Unidos em 2005. E, claro, teve que passar por Graceland.
“A paixão pelos americanos é grande, tanto que o túmulo do Elvis é o segundo mais visitado dos EUA, depois apenas do de John Kennedy, em Washington”, revela Alves.
Lá, ele pode conferir os dois (sim, dois!) aviões do cantor e a coleção de carros e motos antigas do Rei. “Inclusive, os modelos iguais aos Cadillacs que ele presenteava seus empregados de vez em quando”, conta.
Contudo, para Alves, o fato mais marcante de Graceland é a lembrança de Jesse, irmão gêmeo de Elvis que morreu durante o parto. “Junto ao túmulo da família [Elvis, os pais e a avó paterna estão enterrados na mansão], há uma placa, uma espécie de lápide mesmo, em homenagem a ele”, conta o estudante e fã.
Vivo
Apesar das evidências físicas (autópsia, túmulo, história registrada), é possível afirmar que Elvis não morreu — e nem se trata de uma teoria conspiratória, como as muitas que existem por aí.
Durante os dias próximos à morte do cantor, costuma ser realizada a “Semana Elvis em Memphis”, na qual turistas do mundo todo peregrinam até Graceland para conhecer um pouco mais da história do cantor.
História essa que começou em 1953, quando Elvis, filho de família humilde, gravou um álbum com duas músicas para presentear sua mãe no estúdio de Sam Philips, em Memphis.
“Por mais que possa parecer piegas, acho muito bacana a questão de que, de uma origem bastante pobre mesmo, Elvis tenha se tornado um dos maiores ícones culturais do século XX”, frisa Alves.
O título de Rei vai além da dança lasciva e sensual para a época e das multidões que ele arrastava aos shows ou mesmo aos cinemas, com seus filmes. Sem Elvis, talvez o rock and roll não teria se espalhado pelo mundo — já que o movimento nasceu do rhythm & blues negro, sempre marginalizado.
E, numa época em que o preconceito aos negros causava mortes, Elvis ia aos cultos para ouvir música gospel. Atitude digna de um rei.
Histórias de Elvis
Bicicleta?
Aos 13 anos, Elvis pediu a seus pais uma bicicleta de presente. Ganhou um violão. Foram os 12,50 dólares mais bem investidos do rock and roll.
Tiros
Em sua fase mais anos 70, Elvis mantinha uma arma dentro da bota e, quando recebia visitas “indesejáveis”, adorava dar uns tiros na televisão em protesto.
Quase
Também não são poucas as pessoas que imitam Elvis. Alguns vão mais longe e até imitam as diferentes fases do Rei. O DVD “Almost Famous”, de 2003, registra as apresentações dos melhores performances de Elvis de Las Vegas a Memphis — num show de brilho, roupas e topetes praticamente intocáveis.
Fonte: Bom Dia