Gabriel Barau, fundador do Ministério dos Cruzados Missionários (MCM, sigla em inglês), declarou que oficiais nigerianos “ameaçaram confiscar um pedaço da propriedade comprada pelo MCM com o fim de montar uma escola de missões e discipulado”.
A MCM é sustentada pela Christian Aid Mission (CAM, em inglês), com sede nos E.U.A, e informou ao BosNewLife que autoridades do governo procuraram Gabriel no último final de semana “e lhe disseram que ele deveria construir um muro imediatamente ou lhe tomariam dois terços do terreno”.
A CAM também disse que não poderia dar mais detalhes sobre a localização exata da escola por motivos de segurança. “Eles treinam missionários locais para ministérios, missionários locais… Não queremos ser mais expecíficos por causa do perigo”, afirmou Rae Burnett, diretor da CAM Africa.
Povo koma
Desde 1983, o MCM trabalha no leste da Nigéria provendo socorro e evangelizando o povo koma apesar das ameaças de autoridades e militantes locais.
Missionários nigerianos acham que a eleição do presidente Umaru Yar’ Adua, muçulmano, fortaleceu as autoridades extremistas estaduais a atrapalharem projetos, como a escola de missões do MCM.
O muro exigido serviria para demarcar a propriedade e silenciar as autoridades. Porém o custo do mesmo, cerca de R$ 30 por metro, é muito alto para os padrões locais.
A CAM declarou que está levantando recursos entre seus doadores para prevenir que a propriedade do MCM seja ocupada.
Autoridades nigerianas não se encontraram disponíveis para comentar o caso.
O governo central da Nigéria alega que deseja respeitar as fundações democráticas do país, mas grupos de direitos humanos dizem que esse desejo não é sempre posto em prática em alguns Estados onde grupos lutam pela imposição da lei islâmica, a sharia.