Um grupo religioso em Israel está causando polêmica por afirmar oferecer um treinamento que tornaria qualquer pessoa um profeta, pelo valor de 200 shekels (cerca de R$ 110). Com o título de “Escola de Profetas Caim e Abel”, o grupo começou a ministrar aulas em dezembro de 2012, e afirma ser capaz de atestar qualquer um como profeta.
Os críticos da suposta escola de profetas afirmam que a ideia é uma blasfêmia, e que a tradição judaica reconhece como profetas algumas figuras bíblicas, da era de nomes monumentais como Moisés, Elias, Jeremias, Ezequiel e Amós. A tradição judaica diz ainda que ninguém pode ser um profeta desde que os romanos destruíram o Segundo Templo, em Jerusalém, no ano 70 da era cristã, e que o período de profecias só pode reviver com a chegada o Messias e com a construção de um novo templo.
Rachel Elior, professor de pensamento judaico na Universidade Hebraica de Jerusalém, afirmou que não há nenhuma maneira de ensinar alguém a ser um profeta.
– É como abrir uma escola para criar pessoas como Einstein ou Mozart – comparou o professor, segundo o site Acontecer Cristiano.
O fundador da escola é Shmuel Hapartzy, seguidor do movimento judaico Chabad-Lubavitch fundado pelo rabino Menachem Mendel Schneerson. Hapartzy diz que não pode garantir que o curso irá proporcionar aos estudantes um contato direto com Deus. Mas afirma fornecer as ferramentas essenciais para desenhar o profeta que qualquer um tem dentro de si.
– Eu mesmo não sou profeta, mas eu quero ser – disse Hapartzy, que completou afirmando: “No passado, eles tinham profetas, mas mesmo agora, no nosso tempo, a divindade é revelada a todos. Nós só precisamos abrir nossos olhos para isso”.
Por Dan Martins, para o Gospel+