Presentes em comunidades ribeirinhas e nos centros urbanos da Amazônia, as igrejas evangélicas se multiplicam e disputam a preferência dos habitantes da floresta.
Várias denominações religiosas estão atualmente empenhadas nessa cruzada, muitas de origem presbiteriana, batista e metodista.
Exemplo dessa pluralidade religiosa é a avenida Juruá, no centro de Tefé, onde estão instalados oito templos. São adventistas, batistas e evangélicos.
TEMPLOS – Ao pisar na avenida, a igreja pentecostal Deus é Amor dá boas vindas aos fiéis. No interior do templo, o pastor Pedro Rodrigues Ferreira, 57 anos, constrói uma biblioteca para os livros de culto e formação de novos pastores. São 13 anos em Tefé e quatro templos em toda a região. “As pessoas encontram conforto na palavra de Deus”, disse Ferreira.
O pastor conta que, para chegar até as comunidades mais distantes, são programadas excursões religiosas pela floresta todo mês. “A gente visita as pessoas para levar uma palavra de incentivo e ajudar a lidar contra as enfermidades e dificuldades financeiras. A Amazônia é muito grande e tem espaço para todo mundo evangelizar.”
A religião se mistura ao combate à miséria e às enfermidades e ganha adeptos graças aos apelos contra o fumo, álcool e a falta de dinheiro. “As pessoas encontram conforto na palavra de Deus”, disse o pastor.
A poucos metros dali, o pastor Carlos Soares, da igreja Universal do Reino de Deus, preparava o salão para a celebração de um culto. A igreja Universal, presente em Tefé há 10 anos, possui três templos. “A gente está com a igreja presente nas comunidades porque não temos barreiras para levar a palavra de Deus.”
RUA DA FÉ – Vendedora de açaí na 'rua da fé' há cinco anos, a professora Francisca de Oliveira, 37 anos, observa a rotina dos fiéis. “Eu tenho percebido um entra-e-sai constante nas igrejas. As pessoas mudam de um templo para o outro e depois voltam.”
Fonte: Vale Paríbano