O ano de 2012 será ano eleitoral, e assuntos pertinentes às eleições já são constantes nos bastidores do mundo político, e um desses fatos tem chamado atenção, mesmo estando em lados ideologicamente opostos, evangélicos e gays disputarão pelos mesmos partidos.
Candidatos evangélicos e também gays, militantes das causas homossexuais, estarão no páreo para concorrer nestas eleições. Só para cargo de vereador há aproximadamente 110 candidatos militantes das causas homossexuais, em todo o Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, esses candidatos concorrerão em 23 estados, em mais de 70 municípios.
Os homossexuais estão filiados a partidos bastante conservadores como o PR, mesma sigla dos evangélicos Magno Malta, do Espírito Santo, e Anthony Garotinho do Rio de Janeiro. Porém, os candidatos gays também estão afiliados a mais partidos, 19 no total, e a participação do grupo tem aumentado durante os últimos anos. Em 2008, de 80 candidatos que disputaram as eleições, 6 foram eleitos. Um exemplo dessa participação é o vereador Moa Sélia, que é travesti e disputa o terceiro mandato em Nova Venécia-ES.
O vereador é do mesmo partido do Senador Magno Malta, e afirma que mesmo com as diferenças, se dá muito bem com o pastor. “Magno Malta e eu nos damos muito bem. Ele elogia minha atuação, já me visitou aqui na cidade. Acho que um dia ele vai entender melhor o nosso movimento. Aos poucos, a gente vai se impondo perante a sociedade e até no meio político”, explicou o vereador, que é sondado pelo PR para se candidatar à prefeitura da cidade.
Em outros partidos também surgem movimentos na defesa da causa homossexual, como o grupo “Diversidade Tucana”, do PSDB, cujo presidente, Marcos Fernandes, disputará uma vaga para vereador em São Paulo. No mesmo partido também está o Deputado João Campos, de Goiás, que é presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso.
A participação tanto de evangélicos quanto de gays na política cresceu consideravelmente nos últimos anos, mas, na maioria dos casos, mesmo estando em partidos iguais, defendem causas com ideologias opostas.
Fonte: Gospel+