O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse neste sábado (16) lamentar que a questão religiosa tenha ocupado o centro do debate eleitoral no segundo turno da disputa pela Presidência da República entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Sarney deu a declaração pela manhã, ao deixar o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após receber alta. Ele permaneceu internado durante 14 dias.
“Lamento que o problema da religião tenha aflorado nesta campanha. Acho que, quando temos religião participando da política, temos inevitavelmente um caminho que vai terminar no fanatismo”, declarou o presidente do Senado, que apoia a candidatura a presidente de Dilma Rousseff (PT).
Sarney sofreu uma arritmia cardíaca no último dia 2, no Maranhão. Ele foi transferido de um hospital em São Luís para São Paulo no dia 5, para a realização de exames, mas acabou permanecendo internado. Também foi diagnosticada uma esofagite, tratada clinicamente, segundo informou o Sírio-Libanês.
Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta segunda-feira a discussão sobre aborto e religião no segundo turno da campanha eleitoral à Presidência da República.
“Acho que os políticos não devem confundir a questão do Estado com a questão confessional”, disse FHC, sobre o aborto. Ele participou de um evento de campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em São Paulo.
“Eu nunca entrei nesses temas religiosos em campanha”, ressaltou FHC. O ex-presidente também comentou que acha natural que as pessoas discutam religião, mas destacou que esta é uma questão de convicção pessoal, e não política.
Fonte: G1 e Band / Gospel+