Grant Taylor tinha apenas 10 anos de idade quando seu pai revelou ser gay. Recusando-se a aceitar a vida de seu pai, o garoto optou por cortá-lo fora de sua vida, uma escolha que ele iria reconsiderar e arrepender-se mais tarde na vida.
A história provocativa é tratada em “Reconciliação,” um novo filme que aborda o que poucos filmes cristãos têm abordado – a homossexualidade. O filme, que é parcialmente baseado em uma história real, assume o desafio de promover não apenas o perdão e a reconciliação, mas também dar uma autêntica voz para a comunidade gay.
Como Grant (Eric Nenninger) espera seu primeiro filho, ele se pergunta se ele vai ser um bom pai ou abandonar sua família como seu pai que teve que buscar relacionamentos do mesmo sexo. Enquanto se confunde entre raiva e memórias da infância, ele é informado que seu pai está doente terminal e seu último desejo é ver seu filho.
Após 16 anos de separação, ele decide ir ver o pai, a quem ele repetidamente rejeitou por muitos anos. Embora ele continue relutante, Grant começa a se perguntar se ele teria feito a coisa certa, ignorando e gritando palavras de ódio ao pai, que fez várias tentativas para se reconectar com seu filho.
O escritor e diretor do filme, Chad Ahrendt, mais conhecido por trabalhar em “Jerry Maguire” e “As Good As It Gets,” compartilhou com o The Christian Post que trabalhar neste filme, tocou-o em um nível pessoal, pois seu pai também se revelou gay quando era um jovem rapaz.
Como uma criança jovem nos anos 70 e 80, Ahrendt não sabia o que fazer com a homossexualidade de seu pai. As pessoas muitas vezes dizem coisas depreciativas em relação aos gays.
“Eu acho que em tenra idade somos educados de acordo com o que as pessoas dizem,” disse ele. “Algumas pessoas estavam dizendo que talvez fosse genético e duvidavam de que talvez eu também fosse gay. Ao ver como as pessoas eram tratadas tudo que eu sabia era que eu não queria ser tratado dessa maneira.”
Embora ele não não tenha crescido em um lar religioso, foi quando ele ia à Igreja com seus amigos que ele ouviu o pastor dizer que a homossexualidade é uma escolha.
“Naquele momento, ele me tocou muito profundamente. Primeiro pensei que era genético, e então eu pensei que era uma escolha,” recordou Ahrendt.
“Foi difícil para mim ver porque o meu pai iria optar por deixar a nossa família e, talvez, cumprir a sua paixão e sentimentos por mim,” disse ele. “Então, eu acho que neste ponto no início, quando eu ouvi essas coisas, isso se transformou em mais raiva e, em seguida, essa raiva ferveu dentro de você e se transformou em ódio.”
Ele agora se orgulha de dizer que ele se reconciliou com o pai e isso é o testemunho que o levou a escrever e exercer a sua primeira estréia na direção com “Reconciliação,” agora disponível em DVD.
O filme tem sido bem aceito pelo público. Na semana passada, ele ganhou o prêmio People’s Festival 2011 no II Festival Internacional de Cinema de Papa João Paulo. Ele também tem recebido um feedback positivo por parte da comunidade gay.
Enquanto o filme retrata a homossexualidade como pecado, também lembra as pessoas que quebrantamento sexual pode ser encontrado em qualquer pessoa.
“Todo mundo tem algum tipo de fragilidade sexual. Nós precisamos realmente pensar profundamente sobre o que o capelão diz no filme sobre ser transparente sobre quebrantamento e arrependimento disso e se arrepender. Ao fazer isso, nós podemos ter um melhor entendimento e espero ser mais compassivo com aqueles que não conhecem o Senhor,” disse Ahrendt.
De acordo com Ahrendt, algumas pessoas gays tiveram a chance de assistir ao filme e ficar satisfeitos com a tentativa do filme de quebrar estereótipos.
Foi aplaudido por retratar os homossexuais como pessoas que amam e cujo pecado é ceder à tentação (e o mesmo poderia ser dito de qualquer outra pessoa). O filme também foi elogiado por oferecer à comunidade gay uma voz sobre a forma como eles se sentem e o quanto eles são mal interpretados. Finalmente e mais importante, foi elogiado por lembrar as pessoas que, por odiar os homossexuais, os crentes também estão pecando empurrando-os para longe de Deus.
“A Igreja é um refúgio para as pessoas discriminadas, não é um lugar para santos,” Ahrendt sublinhou. “é de onde viemos e entregar tudo ao Senhor.”
Fonte: Christian Post