O governo egípcio resolveu indenizar em US$ 230 mil os 17 cristãos coptas agredidos por uma multidão de muçulmanos, o que causou a perda de bens e propriedades. A informação foi publicada pelo website britânico “Christian Today”.
Na semana retrasada, na cidade de Isna, ao sul do Egito, um grupo de muçulmanos danificou carros e lojas pertencentes a cristãos.
De acordo com o governador da província de Qena, Magdy Ayoub, os ataques começaram depois dos relatórios que um cristão copta rasgou um véu de uma muçulmana em um estacionamento.
De acordo com a a agência de notícias Associated Press (AP), a polícia prendeu 15 pessoas ligadas aos ataques, a maioria foi liberada logo em seguida.
Acusações
“Num evento semelhante no início desse mês, dezenas de muçulmanos fizeram um motim depois de um boato de que um cristão copta teria tentado abusar sexualmente uma adolescente muçulmana”, disse Jennifer Gold.
“Os muçulmanos atiraram pedras e quebraram janelas em uma farmácia onde eles acreditaram que os cristãos teriam forçado uma garota a fazer sexo com eles”.
De acordo com a AP, os dois cristãos coptas suspeitos foram presos pela polícia e detidos por 15 dias por acusações relacionadas a tensões sectárias.
O governador Ayoub disse que “os muçulmanos e cristãos planejam minimizar a tensão”.
O sul do Egito está acostumado a tensões e conflitos entre muçulmanos e cristãos coptas. Em 2000, 21 cristãos e muçulmanos foram mortos em uma vila de Kosheh por causa da rivalidade entre credos.
O Egito é um país de 76,5 milhões de pessoas. Cerca de 10% são cristãos coptas.
Fonte: Portas Abertas