O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu desculpas ao arcebispo de Tegucigalpa, o Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, por tê-lo chamado de “papagaio e palhaço imperialista” (leia mais). Mas pediu ao Cardeal das Honduras que retifique as críticas feitas à gestão de seu governo na Venezuela.
“Se ofendi o Cardeal de Tegucigalpa, a pedido do meu amigo, o presidente de Honduras, Manuel Zelayapeço minhas desculpas, não me custa nada”, disse Chávez durante um ato oficial no Estado de Trujillo.
Mas acrescentou que “oxalá” o Cardeal “tenha a sabedoria de reconhecer que se enganou quando disse, sem conhecimento de causa, que aqui há uma ditadura”.
“Se tiver dúvidas convido-o inclusivamente para que passeie pelas cidades da Venezuela, fale com o povo de Deus, o povo venezuelano, para que veja a verdade.”
Por fim, Hugo Chávez insistiu em acusar o Papa de se ter “equivocado”, em Aparecida, quando explicou que a evangelização não foi uma “imposição” nem “uma alienação” das culturas pré-colombianas, referindo-se ao discurso de Bento XVI, feito no dia 13 de Maio passado, na abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe.
Na audiência geral da quarta-feira do dia 23 do mesmo mês, realizada na Praça São Pedro, Bento XVI, num balanço da sua viagem apostólica ao Brasil, ao referir-se à evangelização do subcontinente latino-americano, reconheceu que a recordação de um passado glorioso não pode ignorar as sombras que acompanharam essa evangelização. “Não é possível esquecer os sofrimentos e as injustiças perpetradas pelos colonizadores às populações indígenas, muitas vezes espezinhadas nos seus direitos humanos fundamentais. Mas a menção de tais crimes injustificáveis não nos deve impedir de considerar com gratidão a obra maravilhosa feita pela graça divina entre aquelas populações ao longo destes séculos.”
Fonte: Agência Ecclesia