O responsável pela regularização dos templos na Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (Omeam), Edivanildo Gomes, informou que só na cidade de Manaus 90% das igrejas evangélicas foram construídas sem projeto básico e agora buscam a regularização junto à prefeitura.
De acordo com a Omeam as principais irregularidades verificadas em relação às igrejas evangélicas dizem respeito à regulamentação da documentação do terreno e do imóvel, pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
“O maior entrave é mesmo na regulamentação dos terrenos, porque muitas igrejas foram construídas em áreas de invasões e os moradores da localidade não possuem título definitivo de terras”, avalia Gomes.
Gomes também afirma que há uma burocracia muito grande para regulamentação nos órgãos públicos especialmente em relação à documentação de propriedade. “Acompanho processos que foram dados entrada ainda em 1993 e que, até hoje, não tiveram seus projetos básicos aprovados. Por isso, muitas destas igrejas são erguidas em forma de mutirão para dar mais celeridade a sua instalação”, ressaltou.
O vice-presidente da Omeam, Sadi Caldas, explicou que a cidade de Manaus foi erguida sem planejamento e, segundo ele, este é o principal motivo da falta de regulamentação. “Todos os pastores das igrejas evangélicas estão se esforçando ao máximo para colocar toda a documentação em dia e esperamos em pouco tempo termos sanado estas irregularidades”, frisou.
Mas não são só problemas com a documentação obrigatória que as igrejas de Manaus enfrentam, para pastor da Igreja Quadrangular, José R. Soares, algumas igrejas evangélicas ainda apresentam carência do ponto de vista estrutural. “Muitas vezes isto acontece devido carências das igrejas especialmente da periferia da cidade, como falta de cobertura nas garagens, falta de passarela para deficientes e poucos banheiros, nada que comprometa a segurança dos fiéis”.
A Omeam estima que exista no Amazonas mais de 5 mil templos evangélicos, sendo cerca de 3 mil na capital e as demais localizadas em cidades do interior do Estado.
Fonte: D24am