Esta quarta-feira, 24 de agosto, marca o Dia da Independência da Ucrânia, e por conta disso igrejas ao redor do mundo estão se mobilizando em oração pelo fim da invasão russa ao país.
Organizações cristãs sem fins lucrativos e igrejas continuam a ajudar aqueles que foram devastados pela invasão da Rússia. O dia 24 de agosto é o aniversário do dia em que a Ucrânia declarou sua independência da União Soviética em 1991, e também marca seis meses do início da invasão da Rússia.
A Aliança Evangélica Mundial e a Aliança Evangélica Europeia emitiram um apelo para que igrejas e crentes em todo o mundo reservem um tempo na quarta-feira para orar para que Deus ponha fim à guerra:
“Ao olharmos para Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, vamos orar para que os corações sejam mudados e para que as armas sejam silenciadas”, diz um comunicado da Aliança Evangélica Mundial.
“Ao longo da história, Deus mudou situações desesperadoras e terríveis de maneiras surpreendentes, e Ele pode fazer isso mais uma vez. E vamos também orar por cura e reconciliação, e que a Rússia e a Ucrânia possam viver em paz como nações independentes e soberanas”, acrescenta o texto.
As igrejas têm estado na vanguarda da assistência aos milhões de deslocados pela invasão russa que matou milhares de civis, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Tráfico humano
A organização CityServe International se dedica a capacitar igrejas com recursos para abrigar e cuidar de refugiados em tempos de crise, e em resposta à invasão da Rússia lançou a iniciativa CityServe Europe, que tem apoiado as pessoas na Ucrânia desde o início da guerra, em parceria com igrejas ucranianas.
A CityServe opera em vários estados dos EUA, incluindo Califórnia, Michigan, Arkansas, Oklahoma e Flórida, além de uma rede europeia que atende pessoas em países bálticos, como Ucrânia, Polônia e Romênia.
Dave Donaldson, diretor da CityServe International, viajou recentemente para a Ucrânia e relatou que a organização está trabalhando com igrejas locais que somam 1800 congregações pentecostais.
O grupo fornece às igrejas alimentos e outras necessidades domésticas para mobilizá-las como um local de segurança para mulheres, crianças e idosos, entregando também outras mercadorias de primeira necessidade por uma rede de cooperação.
Donaldson disse que este sistema de apoio também é estabelecido em países vizinhos da Ucrânia, como Polônia e Moldávia. Além disso, o grupo transportou alimentos pela região de Odessa, o que, segundo o diretor, já soma mais de um milhão de refeições entregues.
Outra preocupação é o combate ao tráfico humano. Ele relatou ter visto mulheres e crianças amontoadas em tendas montadas pelo governo polonês, protegendo-se do clima e de traficantes. A polícia polonesa prendeu 40 suspeitos de tráfico somente no período em que Donaldson esteve no país:
“Eu vi uma jovem que tinha mais ou menos a idade da minha filha, e ela estava chorando e segurando seu bebê. Então eu dei um abraço nela, um abraço paternal, e quando me afastei, ela me puxou para ela e disse em ucraniano: ‘Não me deixe. Não me deixe’”, relembrou.