Em Jerusalém, rabinos da comunidade ultra-ortodoxa de Israel proibiram as mulheres que sustentam seus lares, enquanto seus maridos estudam em seminários religiosos, de ingressar em cursos universitários para aperfeiçoar seus conhecimentos.
Nesta terça-feira, 02/01, o jornal Ha’aertz informou a proibição e considerou a atitude um golpe “devastador” contra milhares de mulheres dedicadas à educação na rede escolar comunitária. A decisão também despertou o comentário de outros veículos. O jornal Yated Neeman, principal órgão dos ortodoxos, foi um deles e comparou a proibição a um “terremoto”, após uma época de relativa liberalidade.
As mulheres aguardavam a decisão do comitê desde o início do ano hebraico 5767, em setembro. A provável proibição fez com que muitas pessoas interessadas em aperfeiçoar seus conhecimentos desistissem de seus cursos antes de concluí-los. Até o momento, não se sabe se as mulheres acatarão a nova ordem ou se vão se rebelar.
A decisão encerra a abertura de instituições acadêmicas e de cursos de capacitação profissional para mulheres que funcionavam nos últimos anos. As novas regras impedem o acesso feminino a programas de educação equivalentes ao primeiro grau universitário, que possibilitaria melhores trabalhos com salários maiores.
Fonte: Elnet