A reportagem exibida no programa Domingo Espetacular na Rede Record sobre “cair no Espírito” continua causando polêmica, a justiça determinou que um grupo de representantes de religiões afro teria direito de resposta à reportagem.
O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), o Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e o Ministério Público Federal foram os autores da ação “contra o enfoque negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras”. O vídeo traz no início a informação que se trata de um direito de resposta concedido em decorrência dessa ação judicial.
O narrador fala logo no começo do vídeo que o mesmo se trata de “uma defesa da liberdade e da democracia”, o narrador continua dizendo: “elas foram injustamente atacadas por essa emissora de televisão que usou a concessão pública que, temporariamente, possui para ofender as crenças e os cultos praticados por mais de 3 milhões de brasileiros”.
Em seguida o vídeo cita a constituição federal: “a constituição, que é a lei maior do Brasil, garante a todos o direito de acreditar ou não em Deus. E também o direito de praticar livremente os cultos da religião que venham a abraçar. Ninguém portanto tem o direito de ofender as crenças alheias, demonizando seus religiosos e seus ritos”, defende o vídeo.
O vídeo foi produzido pela TV PUC e tem quase uma hora de duração. Participaram da produção também diversos representantes de entidades afro-brasileiras, católicas, budistas e muçulmanas, além de profissionais de comunicação e artistas que participaram da gravação.
“Diálogo das Religiões” é o título do vídeo que faz um apelo pela convivência harmônica entre as diferentes vertentes religiosas do país.
A reportagem causou indignação em diversos segmentos religiosos, mas somente os seguidores de religiões afro entraram na justiça e ganharam o direito de resposta. Daniel Teixeira, coordenador do CEERT, diz que ainda não há muitas informações a respeito.
A produção deveria ter ser exibida gratuitamente pela Rede Record no final de 2011, mas a emissora recorreu da ação e conseguiu adiar sua transmissão. Mas é provável que o caso ainda tenha desdobramentos nos tribunais e a emissora da IURD tenha que transmitir o vídeo na íntegra.
Assista abaixo o vídeo-resposta:
Fonte: Gospel+